Este blog dá um tempo em suas atividades e só retorna no dia 20 de janeiro. Até lá!
sábado, 20 de dezembro de 2008
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
A mão da oposição
Este blog noticiou no dia 12 que o PPS, legenda do candidato que alcançou a segunda colocação na disputa pela prefeitura no último pleito, contestaria na Justiça Eleitoral a diplomação do prefeito eleito Pompilio Canavez, do PT. Pois bem, a imprensa local aguardou o fato. Aguardou e nada aconteceu.
A resposta, melancólica aliás, veio nesta quinta-feira em reportagem disponibilizada pelo Portal Alfenas Hoje. E lá está explicito a informação do próprio presidente do PPS de Alfenas que a mão do deputado Geraldo Thadeu, majoritário na cidade, pesou a favor do PT.
Por interferência do parlamentar, o PPS deixou de provocar a Justiça Eleitoral a seu favor. Surpreendente para àqueles que pensam ancorados na lógica, pois uma eventual cassação do diploma de Pompilio beneficiaria em cheio o PPS, que herdaria o comando de um município com orçamento previsto em R$ 137,5 milhões em 2009.
A interferência deixa confusos os que seguem a lógica, mas não surpreende os observadores que viram na campanha eleitoral o jogo duplo do deputado ao associar a própria imagem as duas candidaturas no horário gratuito na tevê. A habilidade em transitar no fogo cruzado de grupos rivais na disputa pelo Poder é a arte dos políticos, mas o uso da força política para segurar a própria legenda de chegar ao alvo da disputa é que fica difícil de entender.
É a mão pesada da oposição a favor do Governo.
Fotos: Henrique Higino/Alfenas Hoje
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
O Duelo
A disputa que começou com três nomes e chegou a quatro parece, enfim, tomar corpo. A “briga” pela presidência da Câmara afunilou-se e, agora, parece ter a sua forma final. De um lado a candidatura de Jairo Campos (Jairinho/PDT), apoiada pela oposição mas sem a antipatia da situação; do outro, a de Vagner Morais (Guinho/PT), patrocinada pelo Governo que ainda aposta no cenário ideal para suas aspirações.
A candidatura de José Batista Neto (PMDB) ficou pelo caminho e cedeu lugar a Guinho que, assim como em 2007, surgiu como esperança de um domínio pleno do Governo. O nome de Hesse Luiz Pereira (PSDB), embora ainda não admita oficialmente que tenha se retirado da disputa, já está fora de cogitação. Perdeu espaço para o pragmatismo de Jairo, nome mais ameno para alguns vereadores que oscilavam em busca de uma acomodação de seus interesses.
A vitória de Jairo é o cenário mais visível e lógico neste momento. Já teria seis votos praticamente garantidos. Guinho ainda tenta montar o que ainda não conseguiu: uma base real de apoio. As cartas já estão na mesa e o resultado já é previsível, mas como na política todo cenário é passível de mudanças (principalmente numa eleição onde o voto é secreto) a prudência é o melhor caminho.
domingo, 14 de dezembro de 2008
Web 2.0, um passo revolucionário
Abro espaço para uma rápida reflexão sobre a mudança de foco da internet e a consequência de um processo revolucionário sem volta.
A Web 2.0 representa um avanço importante para a comunicação social, especificamente para o jornalismo, tendo em vista que possibilita ao usuário transformar-se em agente ativo do processo de reprodução da notícia. É exatamente através da Web 2.0 que a internet transforma-se em elemento revolucionário na história da comunicação, possibilitando a interatividade e eliminando a figura do usuário como consumidor passivo da notícia, característica expressiva nos modelos tradicionais de transmissão do material informativo.
Ao permitir a participação do usuário como agente colaborador na construção de conteúdos, a internet encontra seu papel fundamental enquanto ferramenta de transformação social. Permitir ao usuário ser agente ativo possibilita aos sites e portais a busca pelo melhor conteúdo, à medida que permite a constante evolução do material postado. Ou seja, possibilita o aprimoramento do conteúdo. Não bastasse este aspecto inovador e essencial enquanto elemento transformador, a interatividade cria a valorização do usuário tornando-o o foco principal das ações. Desta forma, a fidelização do usuário - importante fonte de busca de informação - em relação a determinados sites e portais torna-se expressiva.
As experiências de sites que tornaram-se referência no meio virtual demonstra que a valorização do usuário enquanto foco central do novo modelo é, sem dúvida, uma das grandes descobertas da rede mundial de computadores na definição de seu papel. Os exemplos "You Tube" e "Wikipedia" representam, de certa forma, a dimensão de tal descoberta. De certa forma, o modelo anterior, denominado Web 1.0, representa nada além do que um estágio embrionário e de experiência inconsciente para o surgimento da Web 2.0. A capacidade da rede mundial de computadores de disponibilizar conteúdos de forma eficiente e democrática não seria possível dentro do modelo anterior, uma vez que não tinha na interatividade o foco principal.
A experiência iniciada em 2004, com o surgimento da Web 2.0, revoluciona o comportamento do usuário levando-o a condição de elemento central na construção de conteúdos, delegando a ele um papel social importante enquanto "construtor" e capaz de transformar a realidade apresentada o que, invariavelmente, poderá provocar alterações no contexto social ao qual se insere. Desta forma, atribui ao usuário, antiga figura passiva, compromissos e até responsabilidades em relação ao material informativo apresentado inicialmente. O resultado é um conteúdo aprimorado e ampliado à medida que cada consumidor, agora transformado em elemento ativo na composição do material, pode, a qualquer tempo, contribuir com seus conhecimentos.
Esta interatividade e facilidade na comunicação quebra os modelos tradicionais de consumo da informação e de conteúdos, permitindo uma profunda alteração no controle da informação, antes restrita a minoria. A Web 2.0 permite a democratização na construção de conteúdos, oriundos das diferentes correntes de pensamentos e classes sociais. E este é um processo sem volta.
A Web 2.0 representa um avanço importante para a comunicação social, especificamente para o jornalismo, tendo em vista que possibilita ao usuário transformar-se em agente ativo do processo de reprodução da notícia. É exatamente através da Web 2.0 que a internet transforma-se em elemento revolucionário na história da comunicação, possibilitando a interatividade e eliminando a figura do usuário como consumidor passivo da notícia, característica expressiva nos modelos tradicionais de transmissão do material informativo.
Ao permitir a participação do usuário como agente colaborador na construção de conteúdos, a internet encontra seu papel fundamental enquanto ferramenta de transformação social. Permitir ao usuário ser agente ativo possibilita aos sites e portais a busca pelo melhor conteúdo, à medida que permite a constante evolução do material postado. Ou seja, possibilita o aprimoramento do conteúdo. Não bastasse este aspecto inovador e essencial enquanto elemento transformador, a interatividade cria a valorização do usuário tornando-o o foco principal das ações. Desta forma, a fidelização do usuário - importante fonte de busca de informação - em relação a determinados sites e portais torna-se expressiva.
As experiências de sites que tornaram-se referência no meio virtual demonstra que a valorização do usuário enquanto foco central do novo modelo é, sem dúvida, uma das grandes descobertas da rede mundial de computadores na definição de seu papel. Os exemplos "You Tube" e "Wikipedia" representam, de certa forma, a dimensão de tal descoberta. De certa forma, o modelo anterior, denominado Web 1.0, representa nada além do que um estágio embrionário e de experiência inconsciente para o surgimento da Web 2.0. A capacidade da rede mundial de computadores de disponibilizar conteúdos de forma eficiente e democrática não seria possível dentro do modelo anterior, uma vez que não tinha na interatividade o foco principal.
A experiência iniciada em 2004, com o surgimento da Web 2.0, revoluciona o comportamento do usuário levando-o a condição de elemento central na construção de conteúdos, delegando a ele um papel social importante enquanto "construtor" e capaz de transformar a realidade apresentada o que, invariavelmente, poderá provocar alterações no contexto social ao qual se insere. Desta forma, atribui ao usuário, antiga figura passiva, compromissos e até responsabilidades em relação ao material informativo apresentado inicialmente. O resultado é um conteúdo aprimorado e ampliado à medida que cada consumidor, agora transformado em elemento ativo na composição do material, pode, a qualquer tempo, contribuir com seus conhecimentos.
Esta interatividade e facilidade na comunicação quebra os modelos tradicionais de consumo da informação e de conteúdos, permitindo uma profunda alteração no controle da informação, antes restrita a minoria. A Web 2.0 permite a democratização na construção de conteúdos, oriundos das diferentes correntes de pensamentos e classes sociais. E este é um processo sem volta.
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Jogo de cartas
A carta da vez é a prestação de contas dos candidatos a prefeito. A revelação de que a Unifenas foi uma das doadoras de campanha do prefeito reeleito parece ter oxigenado a mórbita oposição e trouxe à tona o revanchismo adormecido desde o dia 5 de outubro.
Por ser entidade de utilidade pública, a instituição de ensino não poderia ter feito a doação (Resolução nº 22.715/2008, do TSE). Nesta sexta-feira - após ter sido negado o primeiro pedido feito pelo PPS para que fosse anulada a sentença que aprova a prestação de contas do PT -, a oposição entrou com uma nova representação na Justiça Eleitoral.
A corrida dos oposicionistas é contra o tempo. O prefeito reeleito deve ser diplomado na próxima terça-feira se nada de diferente acontecer no caminho. A oposição espera colocar água no chopp dos petistas e assumir o comando da prefeitura. Se confirmado, será um duro golpe para os petistas que entregariam de bandeja a prefeitura após vencer com uma diferença de 2 mil votos.
Como em política os fatos podem não durar 24 horas é esperar para ver o resultado.
Foto Montagem: HHP/Alfenas Hoje
O AI-5 não pode ser esquecido
O Blog do Professor Carlos Chaparro traz hoje este artigo sobre o tenebroso AI-5. É para não esquecer!
A. Costa e Silva, Luís Antônio da Gama e Silva, Augusto Hamann Rademaker Grünewald , Aurélio de Lyra Tavares, José de Magalhães Pinto, Antônio Delfim Netto, Mário David Andreazza, Ivo Arzua Pereira,Tarso Dutra, Jarbas G. Passarinho, Márcio de Souza e Mello, Leonel Miranda, José Costa Cavalcanti ,Edmundo de Macedo Soares, Hélio Beltrão, Afonso A. Lima, Carlos F. de Simas.
Esses foram os senhores que há 40 anos, a 13 de dezembro de 1968, entraram na História do Brasil como subscritores do Ato Institucional n. 5, a mais cruel e anti-democrática das leis da ditadura militar. Com o AI-5, foram revogados, para as práticas do poder, os dispositivos da Constituição de 1967, que legalizava o regime militar, revestindo-o de algumas aparências de democracia.
Aparelhados com os poderes discricionários que pelo AI-5 se auto-atribuíram, os militares e os coadjuvantes civis que com eles formavam a cabeça repressora da serpente ditatorial, puderam fazer – e fizeram – coisas como estas: fecharam o Congresso Nacional; decretaram recessos e cassações de parlamentares que ousassem questionar; tornaram legal legislar por decreto-lei; suspenderam a possibilidade de qualquer reunião de cunho político; suspenderam o habeas corpus para os chamados crimes políticos, suspenderam direitos políticos; legalizaram a repressão violenta à liberdade de imprensa. Pelas razões da ditadura, e pelo poder que o AI-5 lhes dava, perseguiram, prenderam, mataram.
E esse foi o terrível poder possível e o tenebroso poder exercido da ditadura e dos ditadores, até 31 de dezembro de 1978. Durante dez anos, o AI-5 justificou e acobertou violências que, de alguma forma, pelas dores dos efeitos e pelo vigor persistente da resistência, moldaram os sonhos de liberdade e democracia que elaboraram o Brasil de hoje.
Embora já enterrado na História, o AI-5 não pode ser esquecido nem pode deixar de ser estudado. Por isso este blog o evoca e transcreve, na íntegra. E o faz principalmente para os que, não tendo vivido esse tempo, não conseguem vislumbrar no Brasil democrático de hoje o heroísmo e o idealismo dos que, sucumbindo ou resistindo ao AI-5, jamais perderam a esperança da liberdade. Nem a perspectiva dos direitos humanos.
Imagem: Divulgação
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Caneta Maldita II
Sobre o texto publicado ontem neste blog o site Tribuna Serras do Planalto publicou o seguinte:
Está certo que num país que burocratiza em excesso, a prática do "pp" por procuração se tornasse um método de agilidade e rapidez para os tempos modernos. Mas, no interior de Minas Gerais, em Alfenas, uma assessora parlamentar fez uso do corriqueiro
... método para assinar no lugar de seu chefe, o vereador Vagner Tarcísio de Moraes do PT (Partido dos Trabalhadores), mais conhecido como Guinho, uma proposição que altera a denominação de uma praça. A autora da façanha é Gisely Aparecida Vieira.
No entanto, a assessora do vereador acostumada a assinar documentos por procuração, esqueceu que a assinatura de projetos de leis só podem ser assinadas pelos referidos autores, ou seja, os ocupantes de mandato popular eletivo.
Tanto a Constituição brasileira como todo o arcabouço jurídico do país informam que funções outorgadas através de pleito são intransferíveis. Não podem nunca serem exercidos por outros, pois, o mandato parlamentar só pode ser exercido de maneira direta por quem recebeu a outorga.
De acordo com Alessandro Emergente, editor do jornal Alfenas Hoje, o fato só não foi "um fiasco maior ainda" porque o líder do governo municipal na Câmara não levou o projeto original adiante.
... método para assinar no lugar de seu chefe, o vereador Vagner Tarcísio de Moraes do PT (Partido dos Trabalhadores), mais conhecido como Guinho, uma proposição que altera a denominação de uma praça. A autora da façanha é Gisely Aparecida Vieira.
No entanto, a assessora do vereador acostumada a assinar documentos por procuração, esqueceu que a assinatura de projetos de leis só podem ser assinadas pelos referidos autores, ou seja, os ocupantes de mandato popular eletivo.
Tanto a Constituição brasileira como todo o arcabouço jurídico do país informam que funções outorgadas através de pleito são intransferíveis. Não podem nunca serem exercidos por outros, pois, o mandato parlamentar só pode ser exercido de maneira direta por quem recebeu a outorga.
De acordo com Alessandro Emergente, editor do jornal Alfenas Hoje, o fato só não foi "um fiasco maior ainda" porque o líder do governo municipal na Câmara não levou o projeto original adiante.
Praça do Povo III
Em política nada como um dia após o outro. Se parecia certa a aprovação da mudança do nome da Praça Getúlio Vargas, agora há dúvidas.
Na terça-feira, em sessão ordinária, o projeto de lei que altera o nome entrou em tramitação e como havíamos dito: com pedido de regime de urgência para que fosse votado na próxima segunda-feira. Nenhuma novidade até ai.
A novidade foi a retirada do pedido de regime de urgência durante a sessão. E após um intervalo regimental solicitado pela liderança do prefeito na Casa, o vereador Vagner Morais (Guinho/PT).
As simples observações de alguns vereadores em plenário de que a proposição não deveria tramitar em regime especial não seriam as razões para o recuo.
A decisão ocorre um dia após o portal Alfenas Hoje informar em reportagem que a Unifenas (Universidade José do Rosário Velano) foi a maior doadora da campanha eleitoral de Pompilio Canavez (PT). Foi uma transferência eletrônica no valor de R$ 42,9 mil, dois dias antes da eleição.
A falta de respaldo popular para a mudança – visível nos comentários do dia-a-dia pela cidade e nas páginas do Portal Alfenas Hoje (onde os leitores postam comentários) – já era um elemento explicito neste contexto. Mas ironicamente o anseio popular caminhava para ser um mero elemento secundário.
Mas a notícia que mostra a Unifenas como principal doadora de campanha do PT movimentou o cenário. Ficou, pelo menos, a impressão de uma troca de favores – um pagamento de dívida com o patrimônio público - e municiou o discurso contrário a medida.
Caros leitores, entendam a expressão “discurso” em seu sentido conotativo. Ou seja, o debate no dia-a-dia feito pela própria sociedade.
A discussão tomou corpo e o Governo pode ter perdido o controle pleno de uma situação vista como “favas contadas”. O resultado não está definido, mas o cenário não é mais o mesmo.
Na terça-feira, em sessão ordinária, o projeto de lei que altera o nome entrou em tramitação e como havíamos dito: com pedido de regime de urgência para que fosse votado na próxima segunda-feira. Nenhuma novidade até ai.
A novidade foi a retirada do pedido de regime de urgência durante a sessão. E após um intervalo regimental solicitado pela liderança do prefeito na Casa, o vereador Vagner Morais (Guinho/PT).
As simples observações de alguns vereadores em plenário de que a proposição não deveria tramitar em regime especial não seriam as razões para o recuo.
A decisão ocorre um dia após o portal Alfenas Hoje informar em reportagem que a Unifenas (Universidade José do Rosário Velano) foi a maior doadora da campanha eleitoral de Pompilio Canavez (PT). Foi uma transferência eletrônica no valor de R$ 42,9 mil, dois dias antes da eleição.
A falta de respaldo popular para a mudança – visível nos comentários do dia-a-dia pela cidade e nas páginas do Portal Alfenas Hoje (onde os leitores postam comentários) – já era um elemento explicito neste contexto. Mas ironicamente o anseio popular caminhava para ser um mero elemento secundário.
Mas a notícia que mostra a Unifenas como principal doadora de campanha do PT movimentou o cenário. Ficou, pelo menos, a impressão de uma troca de favores – um pagamento de dívida com o patrimônio público - e municiou o discurso contrário a medida.
Caros leitores, entendam a expressão “discurso” em seu sentido conotativo. Ou seja, o debate no dia-a-dia feito pela própria sociedade.
A discussão tomou corpo e o Governo pode ter perdido o controle pleno de uma situação vista como “favas contadas”. O resultado não está definido, mas o cenário não é mais o mesmo.
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Caneta maldita
Seria um fiasco ainda maior se o líder do Governo na Câmara tivesse levado adiante o projeto original que propõe a mudança de nome da Praça Getúlio Vargas. O motivo é o mais simples que se possa imaginar. A proposição não é assinada por ele e sim por sua assessora parlamentar, Gisely Aparecida Vieira (veja a foto).
E não precisa ser nenhum perito para deduzir que a rubrica aí não é do parlamentar que chama Vagner de Morais (Guinho). Também não precisa de muito conhecimento jurídico para saber que a lei se aprovada seria invalidada.
Mas o fato é que o líder governista já correu atrás do prejuízo na semana passada e retirou o projeto original de tramitação. Nesta terça-feira, um novo projeto com o mesmo teor volta a tramitar só que em regime de urgência.
Tudo isso para que a proposta seja aprovada em único turno na sessão da semana que vem, a última reunião ordinária do ano.
O governista tem pressa na aprovação e, por isso, corre contra o tempo. A aprovação da mudança de nome na atual legislatura é dada como “favas contatadas”. Numa próxima legislatura, poderia não haver um controle total da situação e o autor não quer correr o risco de eventuais resistências.
Como se verifica no espaço dedicado aos leitores no portal Alfenas Hoje a medida é impopular. Até mesmo pela forma como está sendo conduzida: com vereadores em final de mandato (e a maioria não volta no ano que vem), logo após o período eleitoral e sem nenhum debate com a população.
É fato que há dificuldades de encontrar quem queira desagradar o poderio financeiro da família Velano, mas insistir em uma mudança com tamanha rejeição popular pode ser um péssimo começo para muitos dos novos vereadores que chegam em 2009 com perspectivas de um futuro político mais encorpado. Os defensores da mudança não querem esperar para ver.
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
Querendo voar alto
A pretensão do prefeito de Alfenas Pompilio Canavez (PT) em presidir a AMM (Associação Mineira dos Municípios) não é nova, mas o fato é que a candidatura do petista tomou corpo. E já são quatro os seus concorrentes como revela reportagem do Alfenas Hoje da última quarta-feira.
Um dado que pode ser relevante no “quebra-cabeça” para a montagem do futuro da AMM é a origem partidária dos pretensos candidatos. Três tucanos, um democrata e um petista. O prefeito de Alfenas é o único oriundo de legenda ligada ao
Um dado que pode ser relevante no “quebra-cabeça” para a montagem do futuro da AMM é a origem partidária dos pretensos candidatos. Três tucanos, um democrata e um petista. O prefeito de Alfenas é o único oriundo de legenda ligada ao
Planalto. Ou melhor: vem do próprio partido que tem o Poder na mão. Um dado nada desprezível.
Muito menos desprezível se considerarmos que a definição do representante dos prefeitos mineiros passa pela articulação junto aos caciques da política mineira.
E é no Planalto e no Palácio da Liberdade que a decisão vai sendo desenhada. O petista de Alfenas é o único com ligações partidárias com o Planalto, os outros quatro fragmentam a base do governador mineiro. Se esta matemática funciona na definição de apoios dos caciques e, conseqüentemente, converte em votos é outra história.
A mão de petistas graúdos numa disputa como essa pode ser decisiva. Mas o fato é que todo este processo servirá para medir até onde vai o cacife do petista de Alfenas junto ao seu próprio partido.
A conquista da AMM seria uma vitória inquestionável para o grupo petista. Abre espaço na mídia, abre espaço para articulações políticas de peso. E, é claro, preparo o terreno para vôos maiores. Se considerarmos a carência de Alfenas em emplacar representantes políticos em BH e Brasília, será mais um motivo para os vencedores vangloria-se. É espera para ver.
Muito menos desprezível se considerarmos que a definição do representante dos prefeitos mineiros passa pela articulação junto aos caciques da política mineira.
E é no Planalto e no Palácio da Liberdade que a decisão vai sendo desenhada. O petista de Alfenas é o único com ligações partidárias com o Planalto, os outros quatro fragmentam a base do governador mineiro. Se esta matemática funciona na definição de apoios dos caciques e, conseqüentemente, converte em votos é outra história.
A mão de petistas graúdos numa disputa como essa pode ser decisiva. Mas o fato é que todo este processo servirá para medir até onde vai o cacife do petista de Alfenas junto ao seu próprio partido.
A conquista da AMM seria uma vitória inquestionável para o grupo petista. Abre espaço na mídia, abre espaço para articulações políticas de peso. E, é claro, preparo o terreno para vôos maiores. Se considerarmos a carência de Alfenas em emplacar representantes políticos em BH e Brasília, será mais um motivo para os vencedores vangloria-se. É espera para ver.
Foto: Sérgio Andrigo/Ascom Prefeitura
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
PT e PSDB juntinhos
O Blog do jornalista Josias de Souza informa que em solenidade pública, nesta quarta-feira, Lula “ecoou parte das críticas” que o tucano Tasso Jereissati (PSDB-CE) fizera à Petrobras na semana passada. O presidente fez restrições ao empréstimo de R$ 2 bilhões que a estatal petroleira contraíra na Caixa Econômica Federal em outubro passado.
Acha que, ao atender à gigante Petrobras, a Caixa deixa de prover crédito à sua clientela tradicional. "A
Imagem: Blog do Marson
Petrobras é tão poderosa que ela ir à Caixa pegar dinheiro, obviamente que ela vai tirar dinheiro de uma pequena empresa..."
Além de empresas pequenas, Tasso recordara que a Caixa deveria dar prioridade a investimentos sociais: saneamento básico e casa própria, por exemplo. “Mais um pouco e Lula assina a ficha de filiação no PSDB”, observa com ironia o jornalista do Grupo Folha.
Se o presidente Lula e o senador Tasso – ou seja, PT e PSDB – pensam a mesma coisa sobre o desvio de finalidade da Caixa, quem sou para não concordar?
Fuga de dólares
Brasil perde US$ 7,159 bilhões e tem maior saída de dólares desde janeiro de 99. Este é o valor da fuga no mês de novembro devido à piora na crise econômica internacional. O número, do Banco Central, é a diferença entre os dólares que entraram e os que saíram do país no período.
Trata-se do pior resultado desde janeiro de 1999, mês da maxidesvalorização do real, quando o Brasil abandonou o sistema de câmbio fixo. Na época, o fluxo ficou negativo em US$ 8,587 bilhões.
O fluxo é dividido em duas partes. Na área comercial, houve uma entrada de US$ 3,139 bilhões (diferença entre exportações e importações). Na área financeira, saíram do país US$ 10,298 bilhões, o pior resultado desde a saída de US$ 11,265 bilhões registrada em dezembro de 2006.
No acumulado de 2008, o fluxo cambial está positivo em US$ 5,39 bilhões. O resultado comercial registra entrada líquida de dólares de US$ 48,02 bilhões, e o saldo da conta financeira aponta uma saída de US$ 42,63 bilhões.
No mesmo período do ano passado, o Brasil havia registrado uma entrada de US$ 82 bilhões por meio do fluxo cambial.
Trata-se do pior resultado desde janeiro de 1999, mês da maxidesvalorização do real, quando o Brasil abandonou o sistema de câmbio fixo. Na época, o fluxo ficou negativo em US$ 8,587 bilhões.
O fluxo é dividido em duas partes. Na área comercial, houve uma entrada de US$ 3,139 bilhões (diferença entre exportações e importações). Na área financeira, saíram do país US$ 10,298 bilhões, o pior resultado desde a saída de US$ 11,265 bilhões registrada em dezembro de 2006.
No acumulado de 2008, o fluxo cambial está positivo em US$ 5,39 bilhões. O resultado comercial registra entrada líquida de dólares de US$ 48,02 bilhões, e o saldo da conta financeira aponta uma saída de US$ 42,63 bilhões.
No mesmo período do ano passado, o Brasil havia registrado uma entrada de US$ 82 bilhões por meio do fluxo cambial.
Com informações da Folha Online
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
Mudança sob medida
A informação, trazida pelos veículos de comunicação esta semana, é de que o secretariado do próximo mandato do governo petista permanecerá sem grandes alterações. Aliás, de mudança somente uma e bem providencial: a nomeação de Ivair de Morais (na foto) para a Secretaria de Desenvolvimento Urbano. Irmão do vereador Guinho e do futuro vice-prefeito, a nomeação ganha contornos típicos, porém semelhantes a burla ocorrida no Rio de Janeiro por César Maia.
Lá no Rio, o prefeito fluminense elevou o status da Subsecretaria ocupada pelo irmão para Secretaria. Providencial mudança para escapar da restrição imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao nepotismo.
Cargos de primeiro escalão estão de fora das restrições.
Aqui em Alfenas, a estratégia não foi tão diferente. Impedido de continuar a frente da Superintendência de Meio Ambiente, o irmão do vereador ganhou um presentão. Promovido a equipe do primeiro time, ele está ileso e protegido aos ataques dos defensores da legalidade.
Cabe ao Governo agüentar o desgaste. Mas como as eleições estão longe, o político brasileiro trabalho com a tese da memória curta do eleitor.
O restante da equipe, revela a imprensa, não sofrerá mudanças significativas. O PDT, que tentou emplacar o vice e não conseguiu, agora luta por mais espaço. Tenta emplacar a Secretaria da Juventude (seria a quarta do partido) – ou quem sabe uma Coordenadoria forte. Com uma estratégia de angariar o eleitor jovem, estruturou a ala jovem do partido e aposta no fortalecimento da legenda nos quadros do Governo.
Lá no Rio, o prefeito fluminense elevou o status da Subsecretaria ocupada pelo irmão para Secretaria. Providencial mudança para escapar da restrição imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao nepotismo.
Cargos de primeiro escalão estão de fora das restrições.
Aqui em Alfenas, a estratégia não foi tão diferente. Impedido de continuar a frente da Superintendência de Meio Ambiente, o irmão do vereador ganhou um presentão. Promovido a equipe do primeiro time, ele está ileso e protegido aos ataques dos defensores da legalidade.
Cabe ao Governo agüentar o desgaste. Mas como as eleições estão longe, o político brasileiro trabalho com a tese da memória curta do eleitor.
O restante da equipe, revela a imprensa, não sofrerá mudanças significativas. O PDT, que tentou emplacar o vice e não conseguiu, agora luta por mais espaço. Tenta emplacar a Secretaria da Juventude (seria a quarta do partido) – ou quem sabe uma Coordenadoria forte. Com uma estratégia de angariar o eleitor jovem, estruturou a ala jovem do partido e aposta no fortalecimento da legenda nos quadros do Governo.
Foto: HHP/Alfenas Hoje
terça-feira, 25 de novembro de 2008
A Praça do Povo II
Foto: HHP
A Câmara Municipal aprovou, na noite de segunda-feira, uma mudança na Lei Orgânica do Município. A alteração abre caminho para que os vereadores aprovem a alteração do nome da Praça Getúlio Vargas para Prof. Edson Velano. A emenda inciso XII do artigo 21 da LOM ainda tem que ser aprovada em 2º turno o que deverá ocorrer em, no mínimo, 10 dias. Nenhum vereador foi contrário a proposta.
O projeto de lei, que propõe a mudança, está congelado, aguardando a mudança na LOM para que, enfim, possa ser votado. Somente após o início da tramitação é que foi percebido que antes era preciso mudar a Lei Orgânica para que o projeto pudesse ser acolhido pelo plenário.
A proposta de emenda inclui no texto da Lei Orgânica a possibilidade de alterar a denominação de praças para “homenagear pessoas de notório reconhecimento público”. O texto atual não prevê esta possibilidade e só autoriza a mudança em casos de duplicidade de nomes o que não é o caso da praça Getúlio Vargas.
Bem, está claro que a mudança na LOM foi apresentada para amparar o projeto de lei de autoria do líder do Governo na Câmara, o petista Vagner Moraes (Guinho). A proposição deu entrada em 16 de outubro; a emenda, em 10 de novembro.
Nos corredores, há a tendência de alguns vereadores não participarem da votação do projeto de lei com base no Regimento Interno. Motivo: interesse na matéria. Três dos dez vereadores são funcionários de empresas pertencentes à família Velano.
Se há interesse na matéria relativa ao projeto de lei de mudança do nome da Praça, há também na votação da emenda à LOM. Ou não? Fica a conclusão para você, leitor.
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Voando de volta ao Planalto
Os tucanos estão alvoroçados para voarem de volta ao Planalto. O presidente de honra do PSDB e ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, defendeu no último sábado (22 de novembro) que o partido apresente à sociedade já no ano que vem um único candidato à sucessão do petista Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto, em 2010. Ele não descarta a convenção como mecanismo de escolha.
O ex-presidente sabe da necessidade de uma definição o quanto antes para iniciar já a campanha com a unidade interna, se é que isto é possível.
O projeto de retorno ao Planalto passa pela cabeça de FHC em torno do nome de José Serra, governador de São Paulo, que trava disputa interna com o colega mineiro Aécio Neves pelo direito de concorrer à Presidência pela chapa tucana.
“É cedo para definir [esse nome] agora, mas não é cedo para iniciarmos as conversas entre nós. E não temos medo. Se houver divisão, fazemos a convenção. Mas [o partido] tem de ter um candidato. ", disse FHC no sábado.
Aécio já declarou – e com razão - que a sucessão presidencial de 2010 passará por Minas Gerais. O Estado tem o segundo maior colégio eleitoral do país. Uma articulação presidencial para ter chance de êxito precisa levar isso em conta.
FHC e Serra sabem disso e na queda de braço interna terá que ter habilidade suficiente para não “magoar” os anseios do grupo mineiro.
O aperto de Aécio nas eleições deste ano (ao apoiar o prefeito eleito em BH) deu brilho à vitória do governador de São Paulo com a reeleição do prefeito paulistano, Gilberto Kassab (DEM), afilhado político de Serra. Evitou o fortalecimento de um núcleo anti-Serra no PSDB paulista.
O jogo no PSDB não está jogado. Aécio tem cacife para a disputa. Embora as pesquisas demonstram que Serra é o nome mais conhecido no País, ampliar a imagem de Aécio fora de Minas não seria tarefa árdua para bons estrategistas políticos. Nem o passado, nem a árvore genealógica o atrapalha. Aliás, pelo contrário. Tem no avô (o presidente Tancredo Neves) um bom motivo para explorar o passado.
O fato é que Aécio sabe que se não sair vitorioso no ninho tucano tem o passe bem avaliado. Inclusive com Lula. O presidente já cogitou em apostar em Aécio para sucedê-lo – apesar de ser um desfecho difícil diante de uma possível fúria petista. Mas para jogar as fichas em Aécio seria preciso que o mineiro migrasse para o PMDB, o que pouca gente acredita.
Tudo isso é só o começo do que vem por aí.
domingo, 23 de novembro de 2008
Maquiagem do otimismo
Neste domingo, 23 de novembro, o jornalista Josias de Souza traz em seu blog a informação de que o presidente Lula recomendou ao ministro Paulo Bernardo (Planejamento) que super estime a previsão de crescimento para o ano que vem.
A recomendação é que seja enviado ao Congresso o projeto de lei que define o orçamento de 2009 uma estimativa acima da previsão real ao que o Governo tem em mãos. Motivo: um mercado que já está desacelerado poderia diminuir o ritmo ainda mais diante dos novos números.
A nova previsão feita pela equipe econômica é negativa e já reflete a crise global. Teria que substituir dados que o Governo anotara no Orçamento que elaborara em agosto, antes da supercrise. A nova previsão é de 3,5% (a cifra de agosto era 4,5%).
O presidente determinou a Paulo Bernardo que, em vez de 3,5%, anotasse na reprogramação orçamentária endereçada ao Congresso um PIB de 4%. Maquiagem pura.
Josias lembra o seguinte: “O vaivém parece irrelevante. Mas não é. Numa conta grosseira, cada décimo de ponto percentual de crescimento do PIB corresponde à criação de algo como 30 mil postos de trabalho”
É isso que está em jogo. Números que parecem inexpressivos, mas que de fato transmite um planejamento maquiado, falso. Pior é que a moda não está só no Planalto, haja vista a costura no orçamento local.
A recomendação é que seja enviado ao Congresso o projeto de lei que define o orçamento de 2009 uma estimativa acima da previsão real ao que o Governo tem em mãos. Motivo: um mercado que já está desacelerado poderia diminuir o ritmo ainda mais diante dos novos números.
A nova previsão feita pela equipe econômica é negativa e já reflete a crise global. Teria que substituir dados que o Governo anotara no Orçamento que elaborara em agosto, antes da supercrise. A nova previsão é de 3,5% (a cifra de agosto era 4,5%).
O presidente determinou a Paulo Bernardo que, em vez de 3,5%, anotasse na reprogramação orçamentária endereçada ao Congresso um PIB de 4%. Maquiagem pura.
Josias lembra o seguinte: “O vaivém parece irrelevante. Mas não é. Numa conta grosseira, cada décimo de ponto percentual de crescimento do PIB corresponde à criação de algo como 30 mil postos de trabalho”
É isso que está em jogo. Números que parecem inexpressivos, mas que de fato transmite um planejamento maquiado, falso. Pior é que a moda não está só no Planalto, haja vista a costura no orçamento local.
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
A presidência em 2009
As articulações em busca do comando da Câmara para o biênio 2009/2010 parecem ainda caminhar em passos não tão largos. Mas os nomes já estão aí. José Batista (PMDB), Jairo Campos (PDT) e Hesse Luís Pereira (PSDB) despontam para a disputa de bastidores.
Mas a briga deve ficar mesmo entre Jairo e Batista. O novo tucano não estaria tão convicto a mergulhar nesta disputa.
O fato é que as negociações ainda estão bem verdes e precisam amadurecer mais. Tem vereador eleito que afirma ainda não ter sido procurado. As conversas ainda estariam na preliminares. Segundo um dos futuros parlamentares, dentro de 15 dias o tema deve estar mais encorpado e talvez definido.
No Governo, embora não haja sinais de manifestações não é tão difícil deduzir que Jairo seria uma opção mais controlável. Nos bastidores, os comentários dão conta que Batista é o preferido. Mas o fato é que o peemedebista foi eleito com uma bandeira que traz mal estar o Governo: rever o plano de carreira dos servidores. Se eleito presidente, ganhará forças em sua empreitada que terá como resultado o desgaste do Governo.
Hesse, nem de longe seria uma opção desejada pelo PT. Jairo, o mais experiente na Câmara, tem a caracteristica do pragmastismo político o que, obviamente, interessa quem está no Poder.
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Prefeitura lança programa para recuperação de passivos
A intenção da prefeitura de Alfenas é reduzir o montante da dívida de mais de 14 mil contribuintes endividados. Os passivos somam R$ 24,7 milhões entre 2004 e 2007. Valor referente a IPTU e outros tributos que compõem a receita própria do município. Por isso, a exemplo de anos anteriores, a administração lançou mão do Prorefis (Programa de Recuperação de Créditos Fiscais). A Lei permite a anistia e a isenção de juros e multas a devedores de IPTU e de outros tributos. A adesão começa a partir desta quinta-feira.
Segundo informações da prefeitura com base em dados da Secretaria de Fazenda e Planejamento, há um aumento no crescimento das receitas municipais provocado pelo pagamento de impostos como o IPTU. A inadimplência, que em 2005 chegava à 40%, vem caindo em média 5% ao ano. As informações foram disponibilizadas pelo Portal Alfenas Hoje em setembro, quando a administração municipal enviou à Câmara o projeto de lei que fixa o orçamento do ano que vem em R$ 137 milhões.
Dos 14.333 devedores, 9.573 são provenientes de débitos com IPTU. Em 2008, a prefeitura projetou uma arrecadação de R$ 4,6 milhões com IPTU, num montante de R$ 107,4 milhões do orçamento. Como se vê não é muito, mas a lógica é tentar recuperar o dinheiro que se vê “perdido” pelos cofres públicos. Se o montante anual não empolga o valor acumulado nos últimos anos enche os olhos de qualquer gestor público.
Segundo informações da prefeitura com base em dados da Secretaria de Fazenda e Planejamento, há um aumento no crescimento das receitas municipais provocado pelo pagamento de impostos como o IPTU. A inadimplência, que em 2005 chegava à 40%, vem caindo em média 5% ao ano. As informações foram disponibilizadas pelo Portal Alfenas Hoje em setembro, quando a administração municipal enviou à Câmara o projeto de lei que fixa o orçamento do ano que vem em R$ 137 milhões.
Dos 14.333 devedores, 9.573 são provenientes de débitos com IPTU. Em 2008, a prefeitura projetou uma arrecadação de R$ 4,6 milhões com IPTU, num montante de R$ 107,4 milhões do orçamento. Como se vê não é muito, mas a lógica é tentar recuperar o dinheiro que se vê “perdido” pelos cofres públicos. Se o montante anual não empolga o valor acumulado nos últimos anos enche os olhos de qualquer gestor público.
domingo, 16 de novembro de 2008
Surpresas e lógicas
A lógica nem sempre anda aliada ao futebol. Ainda bem! É exatamente o que deixa o esporte atrativo. A rodada deste domingo do Brasileirão fez jus ao velho jargão: "Futebol é uma caixinha de surpresa". A derrota de Cruzeiro e Palmeiras mostra que o jargão contnua valendo.
O Cruzeiro foi ao Recife e levou de 5 a 2 do Naútico. O Palmeiras também passou por vexame semelhante: Foi derrotado por 5 a 2 pelo Flamengo. Surpresa nem tanto pela derrota, mas pelos placares elásticos para adversários, em tese, mais fracos.
Sorte do São Paulo que continua contrariando o jargão e aplicando a lógica. Venceu mais uma. Desta vez contra o Figueirense. Caminha em passos largos para o título e, agora, só o Grêmio poderá impedir que a lógica não se realize.
O Cruzeiro foi ao Recife e levou de 5 a 2 do Naútico. O Palmeiras também passou por vexame semelhante: Foi derrotado por 5 a 2 pelo Flamengo. Surpresa nem tanto pela derrota, mas pelos placares elásticos para adversários, em tese, mais fracos.
Sorte do São Paulo que continua contrariando o jargão e aplicando a lógica. Venceu mais uma. Desta vez contra o Figueirense. Caminha em passos largos para o título e, agora, só o Grêmio poderá impedir que a lógica não se realize.
sábado, 15 de novembro de 2008
Já arquitetam golpe para burlar decisão do STF
Como sempre no Brasil, as artimanhas para passar por cima dos interesses da coletividade e favorecer interesses pessoais de certos grupos, vão voltar a serem usadas. Como se dizia no império, se a lei Poucos dias após a histórica decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de bater o martelo e deixar bem claro que os mandatos eletivos são do partido e não dos parlamentares, as saletas encarpetadas já testemunham reuniões para golpear a decisão judicial.
Vão meter a faca novamente na já cambaleante Constituição brasileira. À surdina e na arrogância preparam uma Emenda à Constituição que garanta até 2010, que os que trocarem de legendas não serão punidos.
Todos os três candidatos que pleiteiam presidir a Câmara dos Deputados já falam abertamente em colocar a tal emenda em votação o mais breve possível, assim que se apossarem do assento que hoje pertence ao deputado petista de São Paulo, Arlindo Chináglia.
Como sempre no Brasil, as artimanhas para passar por cima dos interesses da coletividade e favorecer interesses pessoais de certos grupos, vão voltar a serem usadas. Como se dizia no império, se a lei não permite que se mude a lei para permitir. Não evoluímos em nada. Continuamos com nossos vícios mais deploráveis. Esse movimento descarado pela abolição dos infiéis é um tapa na cara de todos os brasileiros honestos, trabalhadores e pagadores de seus impostos.
A aprovação desta Emenda Constitucional será uma aberração ao Brasil moderno que não pode mais permitir uso da legislação para causas pessoais de quem quer que seja.
Louvo a contestação dos Democratas, antigo pefelê, único partido não trabalha pela aprovação deste excremento. A que ponto chegamos quando temos que tirar o chapéu para os líderes do neo-udenismo. Apesar de saber os reais interesses dos “Democratas” brasileiros sobre a questão, não é ela que está em discussão. O que se discute é que não podemos retroceder. Se precisamos da Justiça para definir nossas bases sobre o processo eleitoral, mostra o quanto nossos legisladores são incompetentes e fisiológicos.
A decisão da Suprema Corte sobre esta questão nos deu a luz. Estamos no final do túnel, mas com a possibilidade de logo sairmos das trevas de um processo eleitoral que favorece o uso personalista e do capital acima dos ideais. Se o Legislativo Nacional aprovar tal emenda, esta aprovação significará que voltaremos para o final do longo túnel, só que sem uma única luz.
Dizemos não a tentativa golpista, disfarçada de democracia, que é esta excrescência de anular a decisão da Suprema Corte em acabar com a farra do troca-troca partidário.
(*) Humberto Azevedo, 32 anos, é jornalista e editor-chefe do jornal e sítio Tribuna Serras do Planalto
Vão meter a faca novamente na já cambaleante Constituição brasileira. À surdina e na arrogância preparam uma Emenda à Constituição que garanta até 2010, que os que trocarem de legendas não serão punidos.
Todos os três candidatos que pleiteiam presidir a Câmara dos Deputados já falam abertamente em colocar a tal emenda em votação o mais breve possível, assim que se apossarem do assento que hoje pertence ao deputado petista de São Paulo, Arlindo Chináglia.
Como sempre no Brasil, as artimanhas para passar por cima dos interesses da coletividade e favorecer interesses pessoais de certos grupos, vão voltar a serem usadas. Como se dizia no império, se a lei não permite que se mude a lei para permitir. Não evoluímos em nada. Continuamos com nossos vícios mais deploráveis. Esse movimento descarado pela abolição dos infiéis é um tapa na cara de todos os brasileiros honestos, trabalhadores e pagadores de seus impostos.
A aprovação desta Emenda Constitucional será uma aberração ao Brasil moderno que não pode mais permitir uso da legislação para causas pessoais de quem quer que seja.
Louvo a contestação dos Democratas, antigo pefelê, único partido não trabalha pela aprovação deste excremento. A que ponto chegamos quando temos que tirar o chapéu para os líderes do neo-udenismo. Apesar de saber os reais interesses dos “Democratas” brasileiros sobre a questão, não é ela que está em discussão. O que se discute é que não podemos retroceder. Se precisamos da Justiça para definir nossas bases sobre o processo eleitoral, mostra o quanto nossos legisladores são incompetentes e fisiológicos.
A decisão da Suprema Corte sobre esta questão nos deu a luz. Estamos no final do túnel, mas com a possibilidade de logo sairmos das trevas de um processo eleitoral que favorece o uso personalista e do capital acima dos ideais. Se o Legislativo Nacional aprovar tal emenda, esta aprovação significará que voltaremos para o final do longo túnel, só que sem uma única luz.
Dizemos não a tentativa golpista, disfarçada de democracia, que é esta excrescência de anular a decisão da Suprema Corte em acabar com a farra do troca-troca partidário.
(*) Humberto Azevedo, 32 anos, é jornalista e editor-chefe do jornal e sítio Tribuna Serras do Planalto
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
A Praça do Povo
A mudança de nome da Praça Getúlio Vargas para Professor Edson Velano resgata o debate sobre a campanha eleitoral deste ano. Sim! É isso mesmo! A homenagem sugerida ao plenário pelo líder do Governo na Câmara é reveladora por si só.
A proposição apresentada há poucas semanas após abertas as urnas e confirmada a vitória petista soa como um agradecimento a ‘toque de caixa’. Após não encontrar embasamento na Lei Orgânica para a aprovação da homenagem, não será difícil mudar a própria Lei Orgânica o que deve ocorrer até o final do ano.
Se de um lado a oposição coça a cabeça, sabendo do agrado petista em troca do valoroso apoio político da família Velano; por outro, tem consciência de que não há como escapar. A mudança é vista como “favas contadas”, recorrendo a expressão popular. Desnecessário, portanto, lançar mão de qualquer mecanismo que possa alterar o curso natural do projeto.
Seja a atual legislatura, seja a futura, a mudança de nome da Praça não encontrará resistências. Nem mesmo diante da impopular forma como o PT busca fazê-la: no final de uma legislatura (onde seis dos sete vereadores que concorreram a reeleição foram derrotados nas urnas) e logo após o período eleitoral. Ou seja, no apagar das luzes.
O presidente que oficializou o fim do Coronelismo perde seu status de homenageado pelas mãos petistas. A idéia de plebiscito para democratizar a decisão causa mal estar em quem está afoito para ver a homenagem aprovada pelas mãos guiadas pelo governo do PT.
“A Praça é do Povo como o céu é do Condor”. A frase de Castro Alves não encontra ressonância nos atos de quem tem nas mãos o Poder de decidir pelo povo, mas sem o povo.
A proposição apresentada há poucas semanas após abertas as urnas e confirmada a vitória petista soa como um agradecimento a ‘toque de caixa’. Após não encontrar embasamento na Lei Orgânica para a aprovação da homenagem, não será difícil mudar a própria Lei Orgânica o que deve ocorrer até o final do ano.
Se de um lado a oposição coça a cabeça, sabendo do agrado petista em troca do valoroso apoio político da família Velano; por outro, tem consciência de que não há como escapar. A mudança é vista como “favas contadas”, recorrendo a expressão popular. Desnecessário, portanto, lançar mão de qualquer mecanismo que possa alterar o curso natural do projeto.
Seja a atual legislatura, seja a futura, a mudança de nome da Praça não encontrará resistências. Nem mesmo diante da impopular forma como o PT busca fazê-la: no final de uma legislatura (onde seis dos sete vereadores que concorreram a reeleição foram derrotados nas urnas) e logo após o período eleitoral. Ou seja, no apagar das luzes.
O presidente que oficializou o fim do Coronelismo perde seu status de homenageado pelas mãos petistas. A idéia de plebiscito para democratizar a decisão causa mal estar em quem está afoito para ver a homenagem aprovada pelas mãos guiadas pelo governo do PT.
“A Praça é do Povo como o céu é do Condor”. A frase de Castro Alves não encontra ressonância nos atos de quem tem nas mãos o Poder de decidir pelo povo, mas sem o povo.
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
Fidelidade partidária e presidente em apuros!
O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou o entendimento do TSE sobre a fidelidade partidária. A vitória do fortalecimento partidário começa a colocar contra a parede os infiéis ao qualquer custo.
Na Câmara dos Deputados, os Democratas cobra a vaga de um deputado, eleito pelo antigo PFL, e que trocou de sigla. Ameaça obstruir as votações até que o mandato do deputado Walter Britto, hoje no PRB da Paraíba, seja cassado.
A troca de partido foi em setembro de 2007, depois que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proibiu o troca-troca.
Arlindo Chinaglia, presidente da Câmara, encaminhou o assunto para a corregedoria da Casa e só. Resiste em seguir a decisão do TSE, agora confirmada pelo STF. A CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado) emitiu um parecer que, enquanto não transitasse julgada a Câmara, não iria tomar nenhuma decisão.
A decisão está tomada e pelo Supremo. Só falta agora a presidência da Câmara cumprir a lei.
Na Câmara dos Deputados, os Democratas cobra a vaga de um deputado, eleito pelo antigo PFL, e que trocou de sigla. Ameaça obstruir as votações até que o mandato do deputado Walter Britto, hoje no PRB da Paraíba, seja cassado.
A troca de partido foi em setembro de 2007, depois que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proibiu o troca-troca.
Arlindo Chinaglia, presidente da Câmara, encaminhou o assunto para a corregedoria da Casa e só. Resiste em seguir a decisão do TSE, agora confirmada pelo STF. A CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado) emitiu um parecer que, enquanto não transitasse julgada a Câmara, não iria tomar nenhuma decisão.
A decisão está tomada e pelo Supremo. Só falta agora a presidência da Câmara cumprir a lei.
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Ideológicos e fisiológicos de olho no Supremo
Ideológicos e fisiológicos estarão nesta quarta-feira de olho na decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que terá na pauta a possível votação de uma contestação da decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sobre fidelidade partidária. O TSE decidiu que o mandato pertence aos partidos e não ao indivíduo e é este o alvo da contestação.
Alimentado há décadas pela classe fisiológica dominante no Congresso, o vai e vem de parlamentares de uma legenda para outra tornou-se altamente lucrativo para os Governos (seja quem for e qual esfera do Poder Executivo for) cooptarem uma base ampla e obediente. E sem nenhum apego aos projetos ideológicos.
O enfraquecimento dos partidos só aponta para o caminho do fisiologismo e do clientelismo, jogando para quinto plano o debate ideológico.
A legislatura atual da Câmara Municipal de Alfenas conheceu cinco migrações de políticos de um partido para outro. Em alguns casos, é óbvio que a mudança não segue a regra do fisiologismo. E, no caso de Alfenas, isso ficou caracterizado na migração do presidente da Câmara e dos próprios ex-membros do PSDB, que se viram isolados no ninho tucano sob novo comando. Fora isso, meras acomodações eleitorais.
Mas o fato é que o STF tem nas mãos a chance de ratificar o início de um processo moralizante e que ajudará evitar um descrédito maior com a classe política que em sua maioria, nem de longe, pensa em fidelidade partidária como algo salutar, pelo menos para suas acomodações convenientes.
Sempre na contramão da decência, o Congresso cozinha uma nova legislação para criar a “janela de infidelidade” – termo citado hoje pelo jornalista Fernando Rodrigues, do Grupo Folha. A troca de partidos ficaria proibida até a véspera do prazo para filiação antes de uma determinada eleição. A farra continuaria.
De olho no STF, ideológicos e fisiológicos verão o futuro do País sendo desenhado.
Alimentado há décadas pela classe fisiológica dominante no Congresso, o vai e vem de parlamentares de uma legenda para outra tornou-se altamente lucrativo para os Governos (seja quem for e qual esfera do Poder Executivo for) cooptarem uma base ampla e obediente. E sem nenhum apego aos projetos ideológicos.
O enfraquecimento dos partidos só aponta para o caminho do fisiologismo e do clientelismo, jogando para quinto plano o debate ideológico.
A legislatura atual da Câmara Municipal de Alfenas conheceu cinco migrações de políticos de um partido para outro. Em alguns casos, é óbvio que a mudança não segue a regra do fisiologismo. E, no caso de Alfenas, isso ficou caracterizado na migração do presidente da Câmara e dos próprios ex-membros do PSDB, que se viram isolados no ninho tucano sob novo comando. Fora isso, meras acomodações eleitorais.
Mas o fato é que o STF tem nas mãos a chance de ratificar o início de um processo moralizante e que ajudará evitar um descrédito maior com a classe política que em sua maioria, nem de longe, pensa em fidelidade partidária como algo salutar, pelo menos para suas acomodações convenientes.
Sempre na contramão da decência, o Congresso cozinha uma nova legislação para criar a “janela de infidelidade” – termo citado hoje pelo jornalista Fernando Rodrigues, do Grupo Folha. A troca de partidos ficaria proibida até a véspera do prazo para filiação antes de uma determinada eleição. A farra continuaria.
De olho no STF, ideológicos e fisiológicos verão o futuro do País sendo desenhado.
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Obama e seu maior desafio: a reconstrução
Passadas as comemorações pela vitória, Barack Obama enfrenta agora a realidade: o ambiente econômico mais difícil para um novo presidente desde que Franklin D. Roosevelt foi eleito no ápice da depressão dos anos 30.
E, assim como em 1932, a crise econômica pode piorar nos 75 dias que antecedem a posse, no dia 20 de janeiro de 2009.
A esperança depositada pela população norte-america em Obama pode tornar-se perigosa à medida que os desafios são melindrosos. Como garantir a estabilidade do sistema financeiro? Como lidar com a recessão que se aproxima?
O primeiro presidente negro dos Estados Unidos terá que ter respostas rápidas para a crise que bate a porta. Terá que juntar rapidamente os cacos do desastroso e irresponsável Governo Bush.
Ao seu lado, conta com a simpatia de líderes mundiais, conscientes das desastrosas ações de Bush para os Eua e para o Mundo. Até que ponto isso poderá ajudar ainda não temos a resposta, mas certamente poderá trazer alívio para que respire sem turbulências políticas desnecessárias nas relações com outras nações.
"A eleição histórica de um afrodescendente para a cabeça da nação mais poderosa do mundo é sintoma de que a mudança de época que nasceu a partir do sul da América pode estar batendo nas portas dos Estados Unidos".
A frase de Hugo Chavez, presidente venezuelano, foi reproduzida pela BBC Brasil em seu site logo após a vitória de Obama. Sinaliza uma pausa e a chance de repensar o modelo de relação dos Eua com outros países.
A truculência do Governo Bush deverá ceder lugar ao diálogo ou nada mudará. Ou pior: Deverá acelerar o declínio iniciado por Bush.
Obama tem a chance de amenizar a imagem negativa dos Eua e reconstruir uma nova história. O tempo será capaz de dizer se a direita conservadora, representada pelos republicanos, foi enxotada tarde mais do centro do Poder Mundial.
E, assim como em 1932, a crise econômica pode piorar nos 75 dias que antecedem a posse, no dia 20 de janeiro de 2009.
A esperança depositada pela população norte-america em Obama pode tornar-se perigosa à medida que os desafios são melindrosos. Como garantir a estabilidade do sistema financeiro? Como lidar com a recessão que se aproxima?
O primeiro presidente negro dos Estados Unidos terá que ter respostas rápidas para a crise que bate a porta. Terá que juntar rapidamente os cacos do desastroso e irresponsável Governo Bush.
Ao seu lado, conta com a simpatia de líderes mundiais, conscientes das desastrosas ações de Bush para os Eua e para o Mundo. Até que ponto isso poderá ajudar ainda não temos a resposta, mas certamente poderá trazer alívio para que respire sem turbulências políticas desnecessárias nas relações com outras nações.
"A eleição histórica de um afrodescendente para a cabeça da nação mais poderosa do mundo é sintoma de que a mudança de época que nasceu a partir do sul da América pode estar batendo nas portas dos Estados Unidos".
A frase de Hugo Chavez, presidente venezuelano, foi reproduzida pela BBC Brasil em seu site logo após a vitória de Obama. Sinaliza uma pausa e a chance de repensar o modelo de relação dos Eua com outros países.
A truculência do Governo Bush deverá ceder lugar ao diálogo ou nada mudará. Ou pior: Deverá acelerar o declínio iniciado por Bush.
Obama tem a chance de amenizar a imagem negativa dos Eua e reconstruir uma nova história. O tempo será capaz de dizer se a direita conservadora, representada pelos republicanos, foi enxotada tarde mais do centro do Poder Mundial.
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Mantida a dinastia
Acabou de ser confirmado o que todos já sabiam. Zezé Perrella retorna à presidência do Cruzeiro e mantém a dinastia Perrella. Zezé teve 375 votos contra 49 de seu opositor, Márcio Rodrigues.
Zezé voltará a ser o presidente celeste, cargo que ocupou entre 1995 a 2002, e substituirá o seu irmão, Alvimar de Oliveira Costa (Alvimar Perrella), que assumiu o cargo de mandatário a partir de 2003, ano em que foi eleito. Em 2005, Alvimar reelegeu-se para o mandato que termina em dezembro próximo. Zezé comandará o Cruzeiro no triênio 2009/2010/2011.
A gestão Perrella é incontestavelmente vitoriosa. A Libertadores de 97, a Tríplice Coroa de 2003, Copa do Brasil (1996/2000/2003) são marcas que ficaram na história do clube celeste. Mais do que isto a gestão dos irmãos Perrella garantiu ao Cruzeiro lugar sempre na ponta nas disputas ao longo destes anos.
Ficaram conhecidos pelas freqüentes negociações em que os atletas do Cruzeiro eram vendidos por cifras consideráveis. A continuidade dos Perrelas dá ao torcedor tranqüilidade. Mas é na esfera judicial que as coisas podem não ficar tão coloridas. As acusações do MP Federal prosseguem e colocam em dúvida a condição de gestor confiável do patrimônio do clube.
Zezé voltará a ser o presidente celeste, cargo que ocupou entre 1995 a 2002, e substituirá o seu irmão, Alvimar de Oliveira Costa (Alvimar Perrella), que assumiu o cargo de mandatário a partir de 2003, ano em que foi eleito. Em 2005, Alvimar reelegeu-se para o mandato que termina em dezembro próximo. Zezé comandará o Cruzeiro no triênio 2009/2010/2011.
A gestão Perrella é incontestavelmente vitoriosa. A Libertadores de 97, a Tríplice Coroa de 2003, Copa do Brasil (1996/2000/2003) são marcas que ficaram na história do clube celeste. Mais do que isto a gestão dos irmãos Perrella garantiu ao Cruzeiro lugar sempre na ponta nas disputas ao longo destes anos.
Ficaram conhecidos pelas freqüentes negociações em que os atletas do Cruzeiro eram vendidos por cifras consideráveis. A continuidade dos Perrelas dá ao torcedor tranqüilidade. Mas é na esfera judicial que as coisas podem não ficar tão coloridas. As acusações do MP Federal prosseguem e colocam em dúvida a condição de gestor confiável do patrimônio do clube.
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Um PT órfão!
Se não tem o “nome” competitivo, e com popularidade suficiente para conquistar o Planalto, é porque não soube trabalhá-lo. E olha que já se foram quase seis anos. E não só isso. O presidente Lula goza de popularidade de se fazer inveja. O que faz um partido que hoje protagonista no cenário das decisões - e que tem em seu líder uma aceitação popular nada desprezível – não conseguir – até agora! - construir um nome que chega já forte.
Se é a gestora que Lula sonhava em ter ao lado, Dilma não é nem de perto capaz de atrair as multidões sem que faça papel de figurante ao lado de Lula. Enquanto o PSDB tenta buscar a unidade em torno de dois nomes prontos, o PT ainda padece da ausência de seu novo líder popular.
Se insistir em Dilma, o PT pode chegar lá, amparado na força de seu líder maior. Exemplos de candidatos “montados” vitoriosos não faltam. Belo Horizonte repetiu a história ao eleger a cria de Aécio e Pimentel. Mas definitivamente não será como eleger o poste. Os resultados das eleições municipais – passando por São Paulo e Porto Alegre – mostraram que o candidato terá que ser mais que um poste.
O caminho pela tese de não lançar mão da candidatura própria seria – e pode ser – uma alternativa pragmática para o PT, mas não faz parte de sua índole. Não convenceria a base de militantes, à versa a essa tradição. E, além do mais, a desistência mostraria sinal de fraqueza demais para quem tem a máquina administrativa e a popularidade do presidente. É a faca e o queijo, falta o candidato.
Se é a gestora que Lula sonhava em ter ao lado, Dilma não é nem de perto capaz de atrair as multidões sem que faça papel de figurante ao lado de Lula. Enquanto o PSDB tenta buscar a unidade em torno de dois nomes prontos, o PT ainda padece da ausência de seu novo líder popular.
Se insistir em Dilma, o PT pode chegar lá, amparado na força de seu líder maior. Exemplos de candidatos “montados” vitoriosos não faltam. Belo Horizonte repetiu a história ao eleger a cria de Aécio e Pimentel. Mas definitivamente não será como eleger o poste. Os resultados das eleições municipais – passando por São Paulo e Porto Alegre – mostraram que o candidato terá que ser mais que um poste.
O caminho pela tese de não lançar mão da candidatura própria seria – e pode ser – uma alternativa pragmática para o PT, mas não faz parte de sua índole. Não convenceria a base de militantes, à versa a essa tradição. E, além do mais, a desistência mostraria sinal de fraqueza demais para quem tem a máquina administrativa e a popularidade do presidente. É a faca e o queijo, falta o candidato.
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Não deu, mas agora temos alguém para torcer
Eu não apostava mais no título para Felipe Massa. Mas quem diria, mais uma curva e tudo poderia ser diferente. Felipe chorou, os brasileiros também. Merecia o título, mas Hamilton também. Era a briga dos dois mocinhos sem nenhum vilão.
E uma segunda derrota de Hamilton no último GP como na temporada passada seria um golpe duro para o inglês que surgiu como fenômeno e teve sue talento colocado em duvida com os erros grotescos no final da temporada 2007.
O que importa agora é saber que depois de mais de dez anos sem Sena, o Brasil tem, enfim, para quem torcer. Massa resgata nos brasileiro o sentimento de potencialidade de vitória e títulos, de ter um piloto protagonista. Em 2008, sabemos para quem torcer!
E uma segunda derrota de Hamilton no último GP como na temporada passada seria um golpe duro para o inglês que surgiu como fenômeno e teve sue talento colocado em duvida com os erros grotescos no final da temporada 2007.
O que importa agora é saber que depois de mais de dez anos sem Sena, o Brasil tem, enfim, para quem torcer. Massa resgata nos brasileiro o sentimento de potencialidade de vitória e títulos, de ter um piloto protagonista. Em 2008, sabemos para quem torcer!
São Paulo chega, passa e quem vai segurar?
A rodada do fim de semana concretizou o cenário que já vinha sendo desenhado: o São Paulo líder. Com pinta e jeito de campeão, o tricolor paulista ocupa agora a posição que preocupava muito torcedor adversário. O de ver o time paulista dependendo de si próprio. Pior que isso é saber que nenhum de seus adversários diretos terá sequer a chance de atropelá-lo pelo caminho. O São Paulo corre livre e solto.
Flamengo e Cruzeiro dão mostras de que acabou o gás. Instável, o time celeste mostra que até tem time, mas está longe de ter um elenco. O que explica o vexame no Serra Dourada para quem luta “na cabeça” pelo título. Isto depois de desbancar por 3 a 0 o então líder, o Grêmio, na quarta-feira.
A ausência de Ramirez não poderia ser a única explicação. Não poderia representar tamanha dependência no meio campo. Se o brasileiro não era há tanto tempo tão competitivo, por outro lado não era tão fácil para que os dirigentes cruzeirense armasse um elenco para vencer sem grandes entraves pelo caminho. Agora é tarde, a nós, cruzeirense, resta torcer pelo Cruzeiro e contra os demais (Leia-se Palmeiras, Grêmio e São Paulo) que brigam pelo título, principalmente o São Paulo.
Flamengo e Cruzeiro dão mostras de que acabou o gás. Instável, o time celeste mostra que até tem time, mas está longe de ter um elenco. O que explica o vexame no Serra Dourada para quem luta “na cabeça” pelo título. Isto depois de desbancar por 3 a 0 o então líder, o Grêmio, na quarta-feira.
A ausência de Ramirez não poderia ser a única explicação. Não poderia representar tamanha dependência no meio campo. Se o brasileiro não era há tanto tempo tão competitivo, por outro lado não era tão fácil para que os dirigentes cruzeirense armasse um elenco para vencer sem grandes entraves pelo caminho. Agora é tarde, a nós, cruzeirense, resta torcer pelo Cruzeiro e contra os demais (Leia-se Palmeiras, Grêmio e São Paulo) que brigam pelo título, principalmente o São Paulo.
sábado, 1 de novembro de 2008
Balanço das Urnas
Como logo após as eleições este weblog não existia vou fazer aqui algumas considerações. A diferença de mais dois mil votos que reelegeu Pompilio Canavez dá ao PT a consolidação como uma força política mais perene no cenário local. Não somente pela reeleição, mas desta vez a vitória veio com a chamada “chapa pura”. E isso significa muito.
O vice eleito é o mentor do Governo e do PT. É ele quem causa calafrios na oposição. O mal estar dos adversários é ainda maior quando cogita-se a possibilidade de Pompilio dar passos maiores, rumo a Assembléia, ao Congresso. Mesmo negando, o movimento do prefeito rumo a AMM (Associação Mineira dos Municípios) e a projeção decorrente só dá força a este possível contexto.
Mesmo uma eventual derrota na disputa por uma cadeira no Legislativo não o enfraqueceria politicamente. Se eleito, protagonizaria um cenário ‘perfeito’ para os petistas e um domínio incomum na política local. Com cacife político na Assembléia ou no Congresso e a prefeitura na mão o grande desafio seria reverter a rejeição popular a Luizinho e a construção de sua imagem para uma disputa em 2012.
Oposição
À oposição, resta juntar os cacos. O grupo mais conservador, dominado pelo PPS na última eleição, ainda terá que construir um nome, uma nova liderança potencial. Marcão, derrotado pela segunda vez, deixou passar o seu momento. A ampliação da diferença de votos para o primeiro colocado, numa composição de “chapa pura”, é só a cereja no bolo – como diz o dito popular.
As adversidades para o próximo Governo poderão vir de uma Câmara menos atrelada politicamente ao Governo. Há sinais para que isso aconteça.
A derrota numérica do PCdoB não é necessariamente uma derrota política. Embora tenha conseguido menos de 5 mil votos, o atual presidente da Câmara, Eliacim do Carmo Lourenço, marcou seu nome no cenário político como uma liderança competitiva no futuro. O seu perfil é apropriado para que se construa em torno de seu nome uma composição competitiva em 2012. Ainda é cedo para se falar nisso. Mas a tendência é clara em relação a uma nova liderança, mais à esquerda.
O vice eleito é o mentor do Governo e do PT. É ele quem causa calafrios na oposição. O mal estar dos adversários é ainda maior quando cogita-se a possibilidade de Pompilio dar passos maiores, rumo a Assembléia, ao Congresso. Mesmo negando, o movimento do prefeito rumo a AMM (Associação Mineira dos Municípios) e a projeção decorrente só dá força a este possível contexto.
Mesmo uma eventual derrota na disputa por uma cadeira no Legislativo não o enfraqueceria politicamente. Se eleito, protagonizaria um cenário ‘perfeito’ para os petistas e um domínio incomum na política local. Com cacife político na Assembléia ou no Congresso e a prefeitura na mão o grande desafio seria reverter a rejeição popular a Luizinho e a construção de sua imagem para uma disputa em 2012.
Oposição
À oposição, resta juntar os cacos. O grupo mais conservador, dominado pelo PPS na última eleição, ainda terá que construir um nome, uma nova liderança potencial. Marcão, derrotado pela segunda vez, deixou passar o seu momento. A ampliação da diferença de votos para o primeiro colocado, numa composição de “chapa pura”, é só a cereja no bolo – como diz o dito popular.
As adversidades para o próximo Governo poderão vir de uma Câmara menos atrelada politicamente ao Governo. Há sinais para que isso aconteça.
A derrota numérica do PCdoB não é necessariamente uma derrota política. Embora tenha conseguido menos de 5 mil votos, o atual presidente da Câmara, Eliacim do Carmo Lourenço, marcou seu nome no cenário político como uma liderança competitiva no futuro. O seu perfil é apropriado para que se construa em torno de seu nome uma composição competitiva em 2012. Ainda é cedo para se falar nisso. Mas a tendência é clara em relação a uma nova liderança, mais à esquerda.
F-1
O treino livre desta manhã mostra o quanto será difícil para nós, brasileiros, comemorar o título de campeão. O inglês Lewis Hamilton, da McLaren, foi mais rápido que o brasileiro Felipe Massa, da Ferrari, no terceiro treino livre, realizado neste sábado, para o GP Brasil de F-1.
O inglês dá sinais que não cometerá mais os erros grotescos do ano passado quando também tinha o campeonato na mão. A esperança dos brasileiros é torcer por um problema mecânico no carro da Mclaren ou, quem sabe, uma lambança qualquer.
Todo mundo sabe que não será fácil para o brasileiro. Chegar em primeiro e ainda torcer para algo inusitado com Hamilton. Inusitado sim! Não chegar nem mesmo na 6ª colocação é algo impensado para uma corrida que seguir a lógica. Mas é isso que faz o brilho do esporte: a surpresa, os contratempos......Difícil, mas não impossível!
O inglês dá sinais que não cometerá mais os erros grotescos do ano passado quando também tinha o campeonato na mão. A esperança dos brasileiros é torcer por um problema mecânico no carro da Mclaren ou, quem sabe, uma lambança qualquer.
Todo mundo sabe que não será fácil para o brasileiro. Chegar em primeiro e ainda torcer para algo inusitado com Hamilton. Inusitado sim! Não chegar nem mesmo na 6ª colocação é algo impensado para uma corrida que seguir a lógica. Mas é isso que faz o brilho do esporte: a surpresa, os contratempos......Difícil, mas não impossível!
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
O desafio do TSE
A melhor notícia sobre a eleição no Brasil veio da Justiça Eleitoral. Em 2010, a internet poderá ser liberada para a livre expressão de opiniões e como ferramenta legal na arrecadação de fundos de campanha. O presidente do TSE, Carlos Ayres Britto, é o autor da sugestão: "Enquanto não sai o financiamento público de campanha -que se impõe-, a internet poderia fiscalizar e dar mais transparência às doações.
Nesse ponto, os norte-americanos têm a nos ensinar". Sobre a liberdade de expressão valerá o bom senso, pois "o internauta é maduro o suficiente para deletar as mensagens que não o interessam".
O ministro Ayres Britto está certo. O uso da internet produziu um efeito nunca antes visto em eleições presidenciais dos EUA. Milhões de jovens começaram a discutir política por meio das redes de relacionamento social.
Na semana passada, em Miami, um grupo de aficcionados de videogame conectados pela internet fez uma reunião com o objetivo de debater a eleição. Todos os dias, sem exceção, os eleitores cadastrados nos sites de Barack Obama e John McCain recebem alguma mensagem eletrônica (ou várias) informando o que cada um fez ou discursou nas últimas horas.
No plano da arrecadação de fundos, uma massa inédita de pessoas passou a doar para os seus políticos prediletos. Tudo de maneira limpa e rápida, pela internet, com cartão de crédito ou débito. Obama já passou dos 3 milhões de doadores, muitos contribuindo com menos de US$ 100. Lula, em 2006, declarou ter recebido dinheiro de apenas 1.634 doadores.
A liberação total da internet em campanhas brasileiras dará mais transparência ao processo। Mas o TSE tem um desafio pela frente. Precisa tomar a decisão com rapidez e assim evitar as pressões de praxe às vésperas da eleição.
Fonte - Fernando Rodrigues para Uol
Nesse ponto, os norte-americanos têm a nos ensinar". Sobre a liberdade de expressão valerá o bom senso, pois "o internauta é maduro o suficiente para deletar as mensagens que não o interessam".
O ministro Ayres Britto está certo. O uso da internet produziu um efeito nunca antes visto em eleições presidenciais dos EUA. Milhões de jovens começaram a discutir política por meio das redes de relacionamento social.
Na semana passada, em Miami, um grupo de aficcionados de videogame conectados pela internet fez uma reunião com o objetivo de debater a eleição. Todos os dias, sem exceção, os eleitores cadastrados nos sites de Barack Obama e John McCain recebem alguma mensagem eletrônica (ou várias) informando o que cada um fez ou discursou nas últimas horas.
No plano da arrecadação de fundos, uma massa inédita de pessoas passou a doar para os seus políticos prediletos. Tudo de maneira limpa e rápida, pela internet, com cartão de crédito ou débito. Obama já passou dos 3 milhões de doadores, muitos contribuindo com menos de US$ 100. Lula, em 2006, declarou ter recebido dinheiro de apenas 1.634 doadores.
A liberação total da internet em campanhas brasileiras dará mais transparência ao processo। Mas o TSE tem um desafio pela frente. Precisa tomar a decisão com rapidez e assim evitar as pressões de praxe às vésperas da eleição.
Fonte - Fernando Rodrigues para Uol
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
Do blog do Noblat
O governador de São Paulo, José Serra, disse nesta quinta-feira (30) que concorda com a proposta do colega mineiro Aécio Neves de realização de prévias para a escolha do candidato do PSDB à Presidência da República em 2010.
Ambos polarizam a disputa interna pela escolha do próximo presidenciável tucano. Após as eleições municipais, o mineiro intensificou a defesa pela realização de uma consulta partidária para a definição do candidato do partido caso não haja consenso em torno de um nome. "Eu estou de acordo com o Aécio", disse Serra. "Nós sempre estamos de acordo", interrompeu o governador mineiro. Leia mais em: Serra diz que concorda com prévias no PSDB para 2010
Ambos polarizam a disputa interna pela escolha do próximo presidenciável tucano. Após as eleições municipais, o mineiro intensificou a defesa pela realização de uma consulta partidária para a definição do candidato do partido caso não haja consenso em torno de um nome. "Eu estou de acordo com o Aécio", disse Serra. "Nós sempre estamos de acordo", interrompeu o governador mineiro. Leia mais em: Serra diz que concorda com prévias no PSDB para 2010
A raposa e o galinheiro
Desde a formação da CPI, já pairava pelos corredores do Legislativo o cheiro de uma pizza quentinha e saborosa. Detalhe: o presidente da CPI é nada mais e nada menos que o líder do Governo na Câmara, o vereador Vagner Moraes (Guinho/PT), feroz defensor da atual gestão e aliado de longa data.
Não bastasse o defensor nº 1, o Governo ainda tem o relator da CPI: Renan Marques (PRTB). Outro aliado, cooptado no decorrer do mandato. O único integrante da CPI que foge ao controle petista é Arcanjo França (PP), parlamentar de pouca expressão e que ficou como 3º membro. É isso mesmo: a situação abocanhou a presidência e a relatoria.
O indiciamento do prefeito pela PF por suposta formação de quadrilha e fraude em licitações no final de junho caiu como um presente para a oposição. Um mês antes, o prefeito (e até então virtual candidato à reeleição) gozava de popularidade. Uma pesquisa, realizada pelo Data Tempo/CP2, publicada pelo jornal O Tempo, revelou que 68,41% dos entrevistados aprovavam a gestão petista.
A CPI era, nos planos da oposição, o caminho para jogar no ventilador todas as suspeitas de irregularidades investigadas pela Polícia Federal. Mesmo após as eleições, daí sem o mesmo vigor da oposição, é praticamente consenso que o resultado da CPI será levado para debaixo dos tapetes num relatório camarada, moldado pelo aliado Renan e com apoio do líder do Governo.
Não bastasse o defensor nº 1, o Governo ainda tem o relator da CPI: Renan Marques (PRTB). Outro aliado, cooptado no decorrer do mandato. O único integrante da CPI que foge ao controle petista é Arcanjo França (PP), parlamentar de pouca expressão e que ficou como 3º membro. É isso mesmo: a situação abocanhou a presidência e a relatoria.
O indiciamento do prefeito pela PF por suposta formação de quadrilha e fraude em licitações no final de junho caiu como um presente para a oposição. Um mês antes, o prefeito (e até então virtual candidato à reeleição) gozava de popularidade. Uma pesquisa, realizada pelo Data Tempo/CP2, publicada pelo jornal O Tempo, revelou que 68,41% dos entrevistados aprovavam a gestão petista.
A CPI era, nos planos da oposição, o caminho para jogar no ventilador todas as suspeitas de irregularidades investigadas pela Polícia Federal. Mesmo após as eleições, daí sem o mesmo vigor da oposição, é praticamente consenso que o resultado da CPI será levado para debaixo dos tapetes num relatório camarada, moldado pelo aliado Renan e com apoio do líder do Governo.
Presente de Natal
A CPI instaurada para investigar um suposto envolvimento do prefeito de Alfenas no esquema de irregularidades que envolve o Grupo SIM ganou mais 45 dias para concluir o relatório. O prazo agora será 26 de dezembro. Ou seja, um dia após o Natal. Veja a notícia completa no Portal Alfenas Hoje.
Parece que pouca gente lembrava da existência de mais esta CPI. Nem mesmo a oposição - municiada pela falta de vigor - parece se importar com o futuro da Comissão. Derrotada nas urnas e no sorteio que definiu a composição da CPI, não tem mais a disposição de antes, motivada pelo período eleitoral. Pena para o cidadão que confirma a cada dia que tudo - ou quase tudo - no mundo político só se move por interesses que nem de longe são os da sociedade.
Parece que pouca gente lembrava da existência de mais esta CPI. Nem mesmo a oposição - municiada pela falta de vigor - parece se importar com o futuro da Comissão. Derrotada nas urnas e no sorteio que definiu a composição da CPI, não tem mais a disposição de antes, motivada pelo período eleitoral. Pena para o cidadão que confirma a cada dia que tudo - ou quase tudo - no mundo político só se move por interesses que nem de longe são os da sociedade.
Novo espaço
Olá internautas! Vamos iniciar aqui uma experiência nova no jornalismo politico de Alfenas com este weblog que será mais uma ferramenta da sociedade para contextualizar os acontecimentos da cidade e do País. Conto com vocês nesta construção.
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