sexta-feira, 31 de outubro de 2008

O desafio do TSE

A melhor notícia sobre a eleição no Brasil veio da Justiça Eleitoral. Em 2010, a internet poderá ser liberada para a livre expressão de opiniões e como ferramenta legal na arrecadação de fundos de campanha. O presidente do TSE, Carlos Ayres Britto, é o autor da sugestão: "Enquanto não sai o financiamento público de campanha -que se impõe-, a internet poderia fiscalizar e dar mais transparência às doações.

Nesse ponto, os norte-americanos têm a nos ensinar". Sobre a liberdade de expressão valerá o bom senso, pois "o internauta é maduro o suficiente para deletar as mensagens que não o interessam".

O ministro Ayres Britto está certo. O uso da internet produziu um efeito nunca antes visto em eleições presidenciais dos EUA. Milhões de jovens começaram a discutir política por meio das redes de relacionamento social.

Na semana passada, em Miami, um grupo de aficcionados de videogame conectados pela internet fez uma reunião com o objetivo de debater a eleição. Todos os dias, sem exceção, os eleitores cadastrados nos sites de Barack Obama e John McCain recebem alguma mensagem eletrônica (ou várias) informando o que cada um fez ou discursou nas últimas horas.

No plano da arrecadação de fundos, uma massa inédita de pessoas passou a doar para os seus políticos prediletos. Tudo de maneira limpa e rápida, pela internet, com cartão de crédito ou débito. Obama já passou dos 3 milhões de doadores, muitos contribuindo com menos de US$ 100. Lula, em 2006, declarou ter recebido dinheiro de apenas 1.634 doadores.

A liberação total da internet em campanhas brasileiras dará mais transparência ao processo। Mas o TSE tem um desafio pela frente. Precisa tomar a decisão com rapidez e assim evitar as pressões de praxe às vésperas da eleição.

Fonte - Fernando Rodrigues para Uol



quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Do blog do Noblat

O governador de São Paulo, José Serra, disse nesta quinta-feira (30) que concorda com a proposta do colega mineiro Aécio Neves de realização de prévias para a escolha do candidato do PSDB à Presidência da República em 2010.

Ambos polarizam a disputa interna pela escolha do próximo presidenciável tucano. Após as eleições municipais, o mineiro intensificou a defesa pela realização de uma consulta partidária para a definição do candidato do partido caso não haja consenso em torno de um nome. "Eu estou de acordo com o Aécio", disse Serra. "Nós sempre estamos de acordo", interrompeu o governador mineiro. Leia mais em: Serra diz que concorda com prévias no PSDB para 2010

A raposa e o galinheiro


Desde a formação da CPI, já pairava pelos corredores do Legislativo o cheiro de uma pizza quentinha e saborosa. Detalhe: o presidente da CPI é nada mais e nada menos que o líder do Governo na Câmara, o vereador Vagner Moraes (Guinho/PT), feroz defensor da atual gestão e aliado de longa data.

Não bastasse o defensor nº 1, o Governo ainda tem o relator da CPI: Renan Marques (PRTB). Outro aliado, cooptado no decorrer do mandato. O único integrante da CPI que foge ao controle petista é Arcanjo França (PP), parlamentar de pouca expressão e que ficou como 3º membro. É isso mesmo: a situação abocanhou a presidência e a relatoria.

O indiciamento do prefeito pela PF por suposta formação de quadrilha e fraude em licitações no final de junho caiu como um presente para a oposição. Um mês antes, o prefeito (e até então virtual candidato à reeleição) gozava de popularidade. Uma pesquisa, realizada pelo Data Tempo/CP2, publicada pelo jornal O Tempo, revelou que 68,41% dos entrevistados aprovavam a gestão petista.

A CPI era, nos planos da oposição, o caminho para jogar no ventilador todas as suspeitas de irregularidades investigadas pela Polícia Federal. Mesmo após as eleições, daí sem o mesmo vigor da oposição, é praticamente consenso que o resultado da CPI será levado para debaixo dos tapetes num relatório camarada, moldado pelo aliado Renan e com apoio do líder do Governo.

Presente de Natal

A CPI instaurada para investigar um suposto envolvimento do prefeito de Alfenas no esquema de irregularidades que envolve o Grupo SIM ganou mais 45 dias para concluir o relatório. O prazo agora será 26 de dezembro. Ou seja, um dia após o Natal. Veja a notícia completa no Portal Alfenas Hoje.

Parece que pouca gente lembrava da existência de mais esta CPI. Nem mesmo a oposição - municiada pela falta de vigor - parece se importar com o futuro da Comissão. Derrotada nas urnas e no sorteio que definiu a composição da CPI, não tem mais a disposição de antes, motivada pelo período eleitoral. Pena para o cidadão que confirma a cada dia que tudo - ou quase tudo - no mundo político só se move por interesses que nem de longe são os da sociedade.

Novo espaço

Olá internautas! Vamos iniciar aqui uma experiência nova no jornalismo politico de Alfenas com este weblog que será mais uma ferramenta da sociedade para contextualizar os acontecimentos da cidade e do País. Conto com vocês nesta construção.