terça-feira, 22 de setembro de 2009

Sob novo comando


A Secretaria Municipal de Fazenda está sob novo comando. Agora com Tanilda Araújo. Ela assume o comando da Secretaria no lugar de Salomar Carvalho Júnior que retorna para a Secretaria de Planejamento.

Advogada e antiga integrante do grupo petista, Tanilda vinha ocupando a Secretaria de Administração. Ela é a terceira pessoa a comandar a Secretaria da Fazenda desde o primeiro mandato de Pompilio Canavez. A primeira foi Nara Pacheco Magalhães Lacerda que deixou o Governo.

É a tradicional dança das cadeiras promovida pelo Governo que faz um sistema de revezamento nas secretarias.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Aposta pesada


Em meio à disputa pela vaga de candidato ao Palácio da Liberdade pelo PT, o prefeito de Alfenas, Pompilio Canavez, já se posicionou. Aposta todas as suas fichas no ex-prefeito de BH, Fernando Pimentel. Uma aposta pesada que pode lhe render bons frutos se der certo ou preparar o caminho para o ostracismo interno.

A disputa interna já está aberta há algum tempo. Tanto Pimentel quanto o ministro Patrus Ananias (Combate a Fome) percorrem os “rincões” de Minas em busca de apoio político dentro da sigla. A disputa é árdua e, por aqui, o PT alfenense já trabalha por Pimentel.

Intermediários do prefeito alfenense sondam prefeitos e diretórios da região em prol de Pimentel. A briga no momento está focada na disputa pela presidência do PT mineiro em novembro que será decisiva no processo de escolha do candidato petista. São cinco candidatos. Um deles – o da a situação - está com Pimentel. E o PT de Alfenas junto.

O grupo petista de Alfenas aposta suas fichas no deputado federal Reginaldo Lopes, que tenta a reeleição. É o candidato de Pimentel. Em junho, Reginaldo acompanhou Pimentel em visita a Alfenas. A “caravana” em prol de Pimentel tem nomes de peso no PT mineiro como Virgilio Guimarães. Tem a executiva estadual.

O chamado perfil “moderado” do PT tem em Pimentel sua expressão na disputa. Protagonizou, por exemplo, na eleição pela prefeitura de BH um acordo com Aécio Neves para apoiar Márcio Lacerda (PSB). Deu certo. Pelo menos em parte.

O desconhecido Márcio Lacerda colou a imagem em Aécio e Pimentel e desbancou os líderes das pesquisas. Abriu ali um racha irreparável interno no PT, uma vez que o partido abriu mão da disputa de uma prefeitura símbolo para o petismo. Jogou o poder no colo de Aécio. Márcio é cria tucana.

Mas voltando, o perfil “moderado” e suscetível aos acordos com setores mais conservadores é a característica que aproxima Pimentel de Pompilio. Basta correr os olhos na aliança petista em Alfenas que abriga velhos ocupantes do Poder em governos passados.

O PT alfenense caminha na direção contrária de outras lideranças petistas expressivas do Sul de Minas. O PT de Pouso Alegre, por exemplo, segue em peso na direção de Patrus. Aqui na região, cidades como Serrania, administrada pelo PT, e Alterosa também estão em uma rota diferente do PT alfenense.

Pompilio e seu vice, Luizinho, apostam todas as fichas em Pimentel. Pode o ser o céu ou inferno. As conseqüências são evidentes. Se Pimentel vencer a disputa interna e chegar ao Palácio da Liberdade, Alfenas terá acesso privilegiado. É uma aposta pesada.

Ao contrário, se o plano não vingar. Nem tudo será flores.

A militância tem em Patrus o ícone do líder popular nos moldes do tradicional petista. O velho PT, sem grandes concessões aos grupos conservadores antes combatido.

Deputado federal mais votado, foi lançado ao Ministério de Combate a Fome. Instrumento importante na projeção da imagem política, sobretudo com o vinculo de detentor de ideais no campo social como o Bolsa Família, por exemplo.

E tudo isso deve fazer alguma diferença quando a campanha ir as ruas.

Mas por enquanto a briga é de bastidores. É articulação pura. É esperar novembro para ver o primeiro round.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Para onde vai o jornalismo


Perplexidade é palavra que pode inicialmente fazer lembrar o famoso Guia dos Perplexos, de Moshe Ben Maimon ou Maimônides, o mais importante pensador do judaísmo na Idade Média. Complexo, denso e em muitos aspectos atual por sua inquirição sobre integridade e ética, o tratado de Maimônides sempre foi lido pelos eruditos como uma busca de conciliação entre razão e fé, mas por todos os estudiosos como um guia para o aprimoramento humano. Perplexidade não é o estado do descaminho, mas a condição de possibilidade para que, da interpretação adequada, surja a iluminação.


O sociólogo e professor de Jornalismo pela UFRJ, Muniz Sodré, comenta o novo livro Diálogos da Perplexidade – Reflexões críticas sobre a mídia, de Bernardo Kucinski e Venício A. de Lima, Editora Fundação Perseu Abramo. Vale a pena ler