Como sempre no Brasil, as artimanhas para passar por cima dos interesses da coletividade e favorecer interesses pessoais de certos grupos, vão voltar a serem usadas. Como se dizia no império, se a lei Poucos dias após a histórica decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de bater o martelo e deixar bem claro que os mandatos eletivos são do partido e não dos parlamentares, as saletas encarpetadas já testemunham reuniões para golpear a decisão judicial.
Vão meter a faca novamente na já cambaleante Constituição brasileira. À surdina e na arrogância preparam uma Emenda à Constituição que garanta até 2010, que os que trocarem de legendas não serão punidos.
Todos os três candidatos que pleiteiam presidir a Câmara dos Deputados já falam abertamente em colocar a tal emenda em votação o mais breve possível, assim que se apossarem do assento que hoje pertence ao deputado petista de São Paulo, Arlindo Chináglia.
Como sempre no Brasil, as artimanhas para passar por cima dos interesses da coletividade e favorecer interesses pessoais de certos grupos, vão voltar a serem usadas. Como se dizia no império, se a lei não permite que se mude a lei para permitir. Não evoluímos em nada. Continuamos com nossos vícios mais deploráveis. Esse movimento descarado pela abolição dos infiéis é um tapa na cara de todos os brasileiros honestos, trabalhadores e pagadores de seus impostos.
A aprovação desta Emenda Constitucional será uma aberração ao Brasil moderno que não pode mais permitir uso da legislação para causas pessoais de quem quer que seja.
Louvo a contestação dos Democratas, antigo pefelê, único partido não trabalha pela aprovação deste excremento. A que ponto chegamos quando temos que tirar o chapéu para os líderes do neo-udenismo. Apesar de saber os reais interesses dos “Democratas” brasileiros sobre a questão, não é ela que está em discussão. O que se discute é que não podemos retroceder. Se precisamos da Justiça para definir nossas bases sobre o processo eleitoral, mostra o quanto nossos legisladores são incompetentes e fisiológicos.
A decisão da Suprema Corte sobre esta questão nos deu a luz. Estamos no final do túnel, mas com a possibilidade de logo sairmos das trevas de um processo eleitoral que favorece o uso personalista e do capital acima dos ideais. Se o Legislativo Nacional aprovar tal emenda, esta aprovação significará que voltaremos para o final do longo túnel, só que sem uma única luz.
Dizemos não a tentativa golpista, disfarçada de democracia, que é esta excrescência de anular a decisão da Suprema Corte em acabar com a farra do troca-troca partidário.
(*) Humberto Azevedo, 32 anos, é jornalista e editor-chefe do jornal e sítio Tribuna Serras do Planalto
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