Passadas as comemorações pela vitória, Barack Obama enfrenta agora a realidade: o ambiente econômico mais difícil para um novo presidente desde que Franklin D. Roosevelt foi eleito no ápice da depressão dos anos 30.
E, assim como em 1932, a crise econômica pode piorar nos 75 dias que antecedem a posse, no dia 20 de janeiro de 2009.
A esperança depositada pela população norte-america em Obama pode tornar-se perigosa à medida que os desafios são melindrosos. Como garantir a estabilidade do sistema financeiro? Como lidar com a recessão que se aproxima?
O primeiro presidente negro dos Estados Unidos terá que ter respostas rápidas para a crise que bate a porta. Terá que juntar rapidamente os cacos do desastroso e irresponsável Governo Bush.
Ao seu lado, conta com a simpatia de líderes mundiais, conscientes das desastrosas ações de Bush para os Eua e para o Mundo. Até que ponto isso poderá ajudar ainda não temos a resposta, mas certamente poderá trazer alívio para que respire sem turbulências políticas desnecessárias nas relações com outras nações.
"A eleição histórica de um afrodescendente para a cabeça da nação mais poderosa do mundo é sintoma de que a mudança de época que nasceu a partir do sul da América pode estar batendo nas portas dos Estados Unidos".
A frase de Hugo Chavez, presidente venezuelano, foi reproduzida pela BBC Brasil em seu site logo após a vitória de Obama. Sinaliza uma pausa e a chance de repensar o modelo de relação dos Eua com outros países.
A truculência do Governo Bush deverá ceder lugar ao diálogo ou nada mudará. Ou pior: Deverá acelerar o declínio iniciado por Bush.
Obama tem a chance de amenizar a imagem negativa dos Eua e reconstruir uma nova história. O tempo será capaz de dizer se a direita conservadora, representada pelos republicanos, foi enxotada tarde mais do centro do Poder Mundial.
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