terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Caneta maldita



Seria um fiasco ainda maior se o líder do Governo na Câmara tivesse levado adiante o projeto original que propõe a mudança de nome da Praça Getúlio Vargas. O motivo é o mais simples que se possa imaginar. A proposição não é assinada por ele e sim por sua assessora parlamentar, Gisely Aparecida Vieira (veja a foto).

E não precisa ser nenhum perito para deduzir que a rubrica aí não é do parlamentar que chama Vagner de Morais (Guinho). Também não precisa de muito conhecimento jurídico para saber que a lei se aprovada seria invalidada.

Mas o fato é que o líder governista já correu atrás do prejuízo na semana passada e retirou o projeto original de tramitação. Nesta terça-feira, um novo projeto com o mesmo teor volta a tramitar só que em regime de urgência.

Tudo isso para que a proposta seja aprovada em único turno na sessão da semana que vem, a última reunião ordinária do ano.

O governista tem pressa na aprovação e, por isso, corre contra o tempo. A aprovação da mudança de nome na atual legislatura é dada como “favas contatadas”. Numa próxima legislatura, poderia não haver um controle total da situação e o autor não quer correr o risco de eventuais resistências.

Como se verifica no espaço dedicado aos leitores no portal Alfenas Hoje a medida é impopular. Até mesmo pela forma como está sendo conduzida: com vereadores em final de mandato (e a maioria não volta no ano que vem), logo após o período eleitoral e sem nenhum debate com a população.

É fato que há dificuldades de encontrar quem queira desagradar o poderio financeiro da família Velano, mas insistir em uma mudança com tamanha rejeição popular pode ser um péssimo começo para muitos dos novos vereadores que chegam em 2009 com perspectivas de um futuro político mais encorpado. Os defensores da mudança não querem esperar para ver.

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