domingo, 14 de dezembro de 2008

Web 2.0, um passo revolucionário

Abro espaço para uma rápida reflexão sobre a mudança de foco da internet e a consequência de um processo revolucionário sem volta.

A Web 2.0 representa um avanço importante para a comunicação social, especificamente para o jornalismo, tendo em vista que possibilita ao usuário transformar-se em agente ativo do processo de reprodução da notícia. É exatamente através da Web 2.0 que a internet transforma-se em elemento revolucionário na história da comunicação, possibilitando a interatividade e eliminando a figura do usuário como consumidor passivo da notícia, característica expressiva nos modelos tradicionais de transmissão do material informativo.

Ao permitir a participação do usuário como agente colaborador na construção de conteúdos, a internet encontra seu papel fundamental enquanto ferramenta de transformação social. Permitir ao usuário ser agente ativo possibilita aos sites e portais a busca pelo melhor conteúdo, à medida que permite a constante evolução do material postado. Ou seja, possibilita o aprimoramento do conteúdo. Não bastasse este aspecto inovador e essencial enquanto elemento transformador, a interatividade cria a valorização do usuário tornando-o o foco principal das ações. Desta forma, a fidelização do usuário - importante fonte de busca de informação - em relação a determinados sites e portais torna-se expressiva.

As experiências de sites que tornaram-se referência no meio virtual demonstra que a valorização do usuário enquanto foco central do novo modelo é, sem dúvida, uma das grandes descobertas da rede mundial de computadores na definição de seu papel. Os exemplos "You Tube" e "Wikipedia" representam, de certa forma, a dimensão de tal descoberta. De certa forma, o modelo anterior, denominado Web 1.0, representa nada além do que um estágio embrionário e de experiência inconsciente para o surgimento da Web 2.0. A capacidade da rede mundial de computadores de disponibilizar conteúdos de forma eficiente e democrática não seria possível dentro do modelo anterior, uma vez que não tinha na interatividade o foco principal.

A experiência iniciada em 2004, com o surgimento da Web 2.0, revoluciona o comportamento do usuário levando-o a condição de elemento central na construção de conteúdos, delegando a ele um papel social importante enquanto "construtor" e capaz de transformar a realidade apresentada o que, invariavelmente, poderá provocar alterações no contexto social ao qual se insere. Desta forma, atribui ao usuário, antiga figura passiva, compromissos e até responsabilidades em relação ao material informativo apresentado inicialmente. O resultado é um conteúdo aprimorado e ampliado à medida que cada consumidor, agora transformado em elemento ativo na composição do material, pode, a qualquer tempo, contribuir com seus conhecimentos.

Esta interatividade e facilidade na comunicação quebra os modelos tradicionais de consumo da informação e de conteúdos, permitindo uma profunda alteração no controle da informação, antes restrita a minoria. A Web 2.0 permite a democratização na construção de conteúdos, oriundos das diferentes correntes de pensamentos e classes sociais. E este é um processo sem volta.

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