Em política nada como um dia após o outro. Se parecia certa a aprovação da mudança do nome da Praça Getúlio Vargas, agora há dúvidas.
Na terça-feira, em sessão ordinária, o projeto de lei que altera o nome entrou em tramitação e como havíamos dito: com pedido de regime de urgência para que fosse votado na próxima segunda-feira. Nenhuma novidade até ai.
A novidade foi a retirada do pedido de regime de urgência durante a sessão. E após um intervalo regimental solicitado pela liderança do prefeito na Casa, o vereador Vagner Morais (Guinho/PT).
As simples observações de alguns vereadores em plenário de que a proposição não deveria tramitar em regime especial não seriam as razões para o recuo.
A decisão ocorre um dia após o portal Alfenas Hoje informar em reportagem que a Unifenas (Universidade José do Rosário Velano) foi a maior doadora da campanha eleitoral de Pompilio Canavez (PT). Foi uma transferência eletrônica no valor de R$ 42,9 mil, dois dias antes da eleição.
A falta de respaldo popular para a mudança – visível nos comentários do dia-a-dia pela cidade e nas páginas do Portal Alfenas Hoje (onde os leitores postam comentários) – já era um elemento explicito neste contexto. Mas ironicamente o anseio popular caminhava para ser um mero elemento secundário.
Mas a notícia que mostra a Unifenas como principal doadora de campanha do PT movimentou o cenário. Ficou, pelo menos, a impressão de uma troca de favores – um pagamento de dívida com o patrimônio público - e municiou o discurso contrário a medida.
Caros leitores, entendam a expressão “discurso” em seu sentido conotativo. Ou seja, o debate no dia-a-dia feito pela própria sociedade.
A discussão tomou corpo e o Governo pode ter perdido o controle pleno de uma situação vista como “favas contadas”. O resultado não está definido, mas o cenário não é mais o mesmo.
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