quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Nada Mudou! Eles estão de volta


Rostos conhecidos, nomes manjados e condutas mais ainda. É a dupla peemedebista José Sarney e Michel Temer no comando da Câmara e do Senado.

O tempo passou. Vieram novos nomes para o comando das duas principais Casas Legislativas: João Paulo Cunha, Arlindo Chinaglia, Severino Cavalcante (quem não se lembra?), Garibaldi Alves. O que se viu foi apenas revezamento de nomes para um Congresso sempre em descrédito moral.

O resultado dessa ciranda de faz de conta não poderia ser tão obvio. Eles voltaram. Sarney no Senado e Temer na Câmara – ambos pela terceira vez - representam o já manjado PMDB do troca-troca, do fisiologismo. São a cara do anacrônico Congresso, que parece insistir na incapacidade de se renovar e dar as respostas que a sociedade anseiam.

Com o apoio receoso de Lula, o PMDB voltou com força e está vitaminado para exigir suas frações no Governo, neste e no próximo (seja ele qual for). Mas a força de um partido que deveria ser gigante é rachada exatamente ao meio.

Dois grupos bem distintos estão nas pontas da gangorra peemedebista. De um lado, a turma de Temer e de Geddel Vieira Lima na Câmara. Do outro, a de Sarney, Renan Calheiros e cia no Senado. Desunidos pela ambição de lotear o Governo.

E esta é sina do PMDB que parece não mudar mais. Um partido que marcou ponto importante na história do País, protagonizando a abertura democrática. Alcançou números expressivos nas eleições de 1986, jamais alcançado por outra legenda.

Mas a partir de 1989, após a candidatura de Ulysses Guimarães à presidência toda esta história foi jogada para escanteio. Prevaleceu sempre os interesses isolados dos grupos internos, sempre digladiando entre si.

O fragmentado PMDB, cuja força vem das regiões enraizadas nas oligarquias, está novamente vitaminado. Tem em Sarney e Temer a sua expressão. São a cara do Congresso, apático nas mudanças.

Foto: G1

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