terça-feira, 27 de janeiro de 2009

O PMDB de Sarney e de outros tantos


Abandonado a própria sorte, o petista Tião Viana parece dar murro em ponta de faca na disputa pela presidência do Senado. Sem a mão forte do Governo, tenta agora cooptar votos entre os tucanos e o aval dos caciques José Serra e Aécio Neves.


Tudo seria perfeito para Tião se não fosse 2010, ano da eleição presidencial. Preferido do presidente Lula e simpático a Serra – antigo desafeto do tucano paulista -, o caminho estaria aberto ao senador do PT. Mas não está.


A candidatura de Sarney demorou para chegar, mas chegou para – é o que tudo indica – levar a vitória. Tudo em nome do PMDB. Serra e Aécio não interferem contra Sarney para não chatear um provável aliado em 2010. O mesmo acontece com Lula.


Lula preferiu preservar sua candidata, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), que anseia ter o PMDB ao seu lado. Passa eleição e vem novas eleições, os candidatos mudam, mas o PMDB é sempre o mesmo. Numericamente forte, sem nome e rachado. Essa é a sina de um partido que protagonizou o rompimento com o Regime Militar e dominou o cenário político no pós-ditadura, mesmo sem nunca ter a presidência do País na mão.


Mais uma vez o PMDB caminha para ser um cobiçado aliado, mas, dividido, ficará às margens dos protagonistas: PT e PSDB. Domínio dos peemedebistas somente no Congresso com o Senado e a Câmara.


A preocupação de PT e PSDB em não querem desagradar os peemedebistas não mexendo com a candidatura de Sarney é um zelo válido para quem ambiciona o Poder, mas pode ser em vão. Afinal, sempre divido, é o bom lembrar que o PMDB de Sarney é também de tantos outros.

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