quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Melhor impossível


Derrotado na articulação para definição da Mesa Diretora, o Governo emplacou uma segunda-feira vitoriosa na primeira sessão legislativa da atual legislatura. Ficou em suas mãos a mais disputada e desejada comissão permanente da Casa: a Comissão de Constituição, Legislação, Justiça e Redação Final (CCLJRF).

Das três comissões é nela que se concentra habitualmente a disputa. Cobiçada na montagem da engrenagem do Poder, é capaz de travar tramitações de projetos, diríamos, indesejados ou ao menos retardar sua ida ao plenário com artifícios como pedidos de informações.

Nas mãos do Governo, o resultado é o mais óbvio possível: As iniciativas vindas do Executivo serão despachadas com os pareceres favoráveis pela tramitação em tempo record. E sem grandes contestações.

É do jogo político a briga por cada espaço de influência e poder de decisão. E o arremate da CCLJRF pelo Governo dá a ele o oxigênio necessário para respirar com certo alívio em uma Câmara que pode – é esperar para ver – propiciar resistência e mal estar as pretensões governistas nos próximos quatro anos.

A presidência da CCLJRF ficou com o fiel defensor do Governo, Vagner Morais (Guinho/PT), enquanto a relatoria foi pra mão do novato Antônio Anchieta de Brito (Cheta/PT). São os dois mais legítimos representantes do Governo na Câmara, cuja a fidelidade ao projeto petista é inquestionável. A Comissão se completa com Enéas Rezende (PRTB), em tese um oposicionista. Para o Governo, melhor impossível.

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