Os prefeitos mineiros, que tomam posse no dia 1˚ de
janeiro, estão de olho em Brasília. Fazem “figa” para que a presidente Dilma
Rousseff sancione sem veto o projeto de lei (n˚2.565/2011), aprovado pela
Câmara dos Deputados, que define as novas regras para o repasse proveniente dos
royalties do petróleo.
Segundo uma projeção feita pela CNM (Confederação
Nacional dos Municípios), os caixas das 853 prefeituras de Minas sairão
fortalecidos em mais de meio bilhão de reais no ano que vem caso Dilma não vete
a proposta aprovada pelo Congresso.
Alfenas, por exemplo, deve receber, em 2013, R$ 2
milhões. Uma injeção de R$ 1,7 milhão a mais no orçamento. Quantia para
prefeito nenhum reclamar.
Só para se ter uma ideia, em 2011, foram repassados
para Alfenas R$ 330,2 mil, calculado com base nas regras atuais.
Em meio a crise atual dos municípios, em que o FPM
(Fundo de Participação dos Municípios) teve seu pior desempenho em outubro nos
últimos seis anos. O repasse para Alfenas caiu 30,7% de setembro para outubro.
A queda é explicada pela redução do IPI (Imposto
sobre Produtos Industrializados) para os automóveis e eletrodomésticos, medida
adotada no final de maio e ainda em vigor. Segundo a CNM, as desonerações
causarão um impacto superior a de R$ 1,5 bilhão nos repasses às prefeituras,
pelos dados da entidade.
O FPM é constituído por parte da arrecadação do IPI
e do Imposto de Renda (IR)
e, por isso, a renúncia fiscal, adotada pelo governo federal para estimular a economia, atingiu “em cheio” os
municípios. O Fundo é um “socorro” para as prefeituras que, em sua
maioria, vivem com as contas apertadas.
Por tudo isso, a decisão de Dilma é aguardada com ansiedade
pela maioria dos futuros prefeitos.
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