sábado, 3 de outubro de 2009

Tudo em Vão



8 mil suplentes a Câmara de Vereadores tiveram frustradas suas expectativas. Depois da alegria, o tombo. Nada adiantou as passeatas, as viagens a Brasília, o corpo a corpo no Congresso. Os suplentes continuarão suplentes.

Na semana passada quando a Câmara dos Deputados aprovava a PEC que aumenta o número de vereadores, os presidentes do STF, Gilmar Mendes, e do TSE, Carlos Ayres Britto, já davam o caminho dos acontecimentos. Posse só para os eleitos em 2011.

E com toda a lógica, o STF já deferiu o pedido de liminar da Procuradoria-Geral da República para que os suplentes não tomem posse. O mérito ainda será julgado, mas deverá manter a decisão.

O trem da alegria que pretendia trilhar durou pouco.

A aprovação da PEC mantendo o texto que estipulava a posse imediata é bem o retrato do manjado Congresso que se ajoelho aos interesses diversos desde que não sejam o do povo. Desta vez o lobby dos pequenos aliados fez com que sensibilizasse os parlamentares em favor de suas causas.

O texto neste aspecto específico reflete a forma típica com que o parlamento atua. Sempre com intuito de beneficiar setores específicos, desta vez bem caracterizado pelo, digamos, corporativismo.

Mudar a regra no meio do jogo é a mais clara forma de manipular e ferir os princípios da democracia. E os próprios alicerces do Estado de Direito.

Aqui, em Alfenas, cinco suplentes tiveram suas expectativas jogadas no lixo: José Carlos de Morais (Vardemá/PR), Marcos Inácio (PT), Hemerson Lourenço de Assis (Sonzinho/PHS), Maria Idalina da Silva Pacheco (PSDB), e Paulo Agenor Madeira (Paulinho do Asfalto/PPS).

Marcharam rumo a Brasília e articularam junto ao movimento pela PEC. Tudo em vão. Para assumir uma cadeira terão que começar tudo de novo em busca de votos. Em 2011, começa tudo de novo.

Imagem: Charge do Paixão/Blog do Alvaro Dias

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